Erva-Mate (Ilex paraguariensis)
Árvore da família das aquifoliáceas, a erva-mate (Ilex paraguariensis)
atinge em média 12m de altura e vegeta em estado silvestre numa extensa
área temperada da América do Sul, que cobre partes do Brasil, Paraguai e
Argentina. Seu caule, que pode variar entre vinte e quarenta
centímetros de diâmetro, é acinzentado. As folhas, alternadas, ovais e
coriáceas, têm as nervuras salientes e as margens denteadas. O fruto,
uma pequena baga do tamanho de uma pimenta-do-reino, é muito consumido
por pássaros, que assim se tornam agentes importantes na dispersão da
planta.
As folhas e talos da erva-mate, após minucioso preparo, são preparados em infusão para a obtenção do mate, bebida que contém cafeína e tanino mas é menos adstringente que o chá, e do chimarrão, consumido em cuias e com bombilhas especialmente fabricadas para esse fim.
No Brasil, os bosques nativos de erva-mate situam-se nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com extensão a terras do Mato Grosso do Sul. Típica de regiões situadas entre 450 e 800m de altitude, a planta cresce com freqüência à sombra da imbuia e do pinheiro-do-paraná, mas prospera bem quando cultivada em campos abertos.
Para a formação de um campo de erva-mate, o erval ou erveira, roça-se a vegetação de pequeno porte e podam-se as árvores, para limitar seu crescimento e facilitar a colheita. Esta é seguida de uma operação denominada sapecagem, na qual os ramos cortados são passados rapidamente pelas chamas de uma fogueira, para tostar as folhas. Submetido depois disso à secagem, o mate ainda é triturado e peneirado antes de estar pronto para o consumo. Para o chimarrão, utiliza-se o resíduo final da peneiragem, que é levado a uma nova secagem.
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