Fruta-de-Conde, Pinha ou Ata (Annona squamosa)
A Fruta-de-Conde, Pinha ou Ata (Annona squamosa) é produzida por um arbusto, de quatro metros de altura média, da família das anonáceas, a mesma da condessa, da graviola e da anona-do-chile ou cherimólia. Cultivadas em altitudes inferiores a 800m, todas se multiplicam por sementes, são pouco exigentes em relação ao tipo de solo e têm semelhança na aparência, pois são frutos múltiplos de superfície escamosa, formados pela agregação dos pequenos frutos provenientes dos carpelos separados de uma mesma flor. As escamas ora são convexas e salientes, ora lisas e bem interligadas. Sob a casca se encontra a polpa, cremosa, doce e aromática, que envolve as sementes, de coloração sempre escura e brilhante.
Nativa das Antilhas e da América tropical, a fruta-de-conde foi encontrada nas matas do Pará, no começo do século XIX, pelo naturalista alemão Von Martius. Mas àquela altura, graças à dispersão promovida pelos primeiros colonizadores, a espécie já crescia também, em estado quase silvestre, em outras partes da América do Sul, bem como na Ásia e na África.
Com alto teor de ácido fosfórico, a fruta-de-conde é considerada um alimento fosfatado natural. Suas folhas e raízes já tiveram largo emprego, na medicina caseira, para combater indigestões, disenterias, enxaquecas e insônias. A condessa ou fruta-de-condessa (Rollinia deliciosa) não é tão saborosa quanto a fruta-de-conde, mas tem quase o dobro de seu tamanho, pois chega a aproximadamente vinte centímetros de comprimento.
Ainda maior é a graviola (A. muricata), também chamada de araticum, marolo, jaca-de-pobre ou coração-de-rainha, que pode pesar mais de dois quilos e cuja polpa é utilizada sobretudo para sorvetes e sucos. A cherimólia (A. cherimolia), cujo nome provém do quíchua chirimuya e que parece ter sido cultivada desde os tempos dos incas, é vista em inúmeras variedades híbridas. As mais comuns, conhecidas como atemóias, derivam de enxertos feitos sobre cavalos de A. squamosa e A. muricata.
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