Gimnospermas (Coniferófitas, Cicadófitas, Ginkgófitas e Gnetófitas)

Gimnospermas (Coniferófitas, Cicadófitas, Ginkgófitas e Gnetófitas)

Gimnospermas (Coniferófitas, Cicadófitas, Ginkgófitas e Gnetófitas)

Gimnospermas é uma denominação informal que se aplica a quatro divisões de plantas: coniferófitas, cicadófitas, ginkgófitas e gnetófitas. São gimnospermas todas as plantas fanerogâmicas, isto é, que se caracterizam pelo fato de os óvulos ou elementos reprodutores femininos não estarem protegidos por nenhum envoltório e manterem-se em contato com o meio, à diferença do que ocorre nas angiospermas. Suas sementes, em conseqüência, são também nuas, e a polinização é quase exclusivamente feita pelo vento. As gimnospermas reúnem grande número de espécies arbóreas, como as coníferas, entre as quais algumas -- as sequóias -- são as maiores e mais longevas árvores do planeta. Outras são arbustos e, umas poucas, lianas e cipós.

As primeiras plantas superiores da Terra eram gimnospermas e surgiram há dezenas de milhões de anos, quando as samambaias gigantes ainda constituíam imensos bosques no interior dos continentes e os primeiros vertebrados iniciavam sua lenta evolução em terra firme. Atualmente, os representantes mais conhecidos e característicos dessa divisão são as coníferas, plantas predominantemente arbóreas cuja área de distribuição compreende grande parte do hemisfério norte e zonas isoladas do hemisfério sul.

As folhas das gimnospermas são em geral perenes e podem ter aspecto acicular (pinheiros, abetos etc.), escamiforme (ciprestes) ou lobulado (ginkgo), ou ainda se assemelharem às das palmeiras (cicadáceas). Certas árvores, como os ginkgos e os lariços, são de folhas caducas. As flores não são vistosas e na verdade se reduzem aos elementos reprodutores, agrupados em massas ou inflorescências. Estas têm a forma de cone em muitas espécies, como nos pinheiros, abetos e cedros, o que originou a denominação de coníferas.

As coniferófitas são as plantas gimnospermas mais representativas e reúnem espécies bastante conhecidas como os pinheiros, abetos, cedros e ciprestes. As cicadófitas, que evoluíram muito pouco ao longo de milhares de anos, são plantas de zonas tropicais ou subtropicais, com tronco lenhoso sem ramificações, do qual brota um conjunto de folhas semelhantes a um penacho, como o das palmeiras, pelo que, à primeira vista, podem ser confundidas com estas. As verdadeiras palmeiras, no entanto, são angiospermas e têm características botânicas muito diferentes. As cicadófitas incluem a família das cicadáceas, conhecidas como saguzinhos -- destaca-se a espécie Cycas revoluta, própria do sul do Japão, de cuja medula se obtém um produto alimentício, o chamado sagu do Japão -- e a das zamiáceas. O gênero Zamia, estendido por diversas regiões da África e no México principalmente, apresenta caule muito curto, de que saem pequenas hastes e folhas.

As gnetófitas mostram indiscutíveis afinidades com as angiospermas. Compreendem plantas arbustivas, adaptadas a ambientes desérticos ou de estepe, como os gêneros Ephedra e Welwitschia, e outras em forma de liana, como as do gênero Gnetum, de ambientes selváticos. Na região mediterrânea, abunda a espécie E. distachya, com hastes ramificadas, finas e com muitos nós, que lhe dão aparência articulada. Em regiões áridas da África há uma espécie curiosa, a tumboa (W. mirabilis), composta de uma grossa porção subterrânea, que emerge até meio metro acima do solo, e de duas folhas opostas que medem até dois metros de comprimento, rentes ao chão. Os cipós do gênero Gnetum compreendem espécies tropicais típicas da Amazônia, do golfo da Guiné e de selvas asiáticas. As ginkgófitas, que datam do período permiano, foram abundantes no passado, mas subsistem por meio de apenas uma espécie, Ginkgo biloba, originária da China.

www.megatimes.com.br
www.klimanaturali.org
Postagem Anterior Próxima Postagem