Métodos de Arborização Urbana


Métodos de Arborização Urbana


 Métodos de Arborização Urbana

A vegetação em ambiente urbano  além do aspecto paisagístico facilmente percebido tem também a função de garantir uma melhora na qualidade de vida dos habitantes uma vez que garante proteção contra ventos, sombreamento, diminuição da poluição sonora, absorção da poluição atmosférica e diminuição das ilhas de calor. Além de favorecer a recarga hídrica e garantir locais para reprodução de alguns insetos e pássaros que podem ajudar no controle de vetores.
A arborização urbana  abrange toda cobertura vegetal de porte arbóreo existente nas cidades e que pode ocupar as áreas livres particulares ou públicas e potencialmente coletivas (pátios de universidades, escolas e igrejas, por exemplo, que tem seu acesso de alguma forma controlado), além de acompanhar o sistema viário (Fonte EDUCAR).

O ideal é que processos de arborização urbana obedeçam a projetos pré-estabelecidos que levem em consideração aspectos importantes para a garantia da segurança e mobilidade dos usuários dessas áreas como, por exemplo, o porte adequado das mudas a serem plantadas. Mas na prática não é difícil perceber situações conflitantes entre a arborização e equipamentos urbanos como fiações elétricas, postes de iluminação, muros e etc. devido à falta de planejamento. Para que isso não ocorra basta que se obedeça a alguns princípios básicos da arborização urbana:
  1. Sempre que possível, consulte o órgão ambiental de seu município que poderá orientá-lo quanto às espécies mais adequadas, os cuidados para plantio e manutenção e a necessidade de consultar outros órgãos (Departamento de Iluminação Pública, Prefeitura e etc.) sobre a existência de rede de água, esgoto, eletricidade, cabos de fibra ótica e outras instalações;
  2. As medidas apresentadas abaixo servem como referência, mas podem variar de acordo com a região pois podem existir leis municipais específicas para projetos de arborização urbana em sua cidade. Portanto, uma consulta aos órgãos públicos de seu município é fundamental;
  3. Para o plantio de árvores em calçadas sob a rede elétrica devem-se utilizar árvores de pequeno porte (de 4 a 5 m de altura na fase adulta e com raio de copa em torno de 3m) que também são ideais para calçadas estreitas com até 2,5m e ausência de recuo predial. Nesse caso, deve-se utilizar um canteiro ou faixa permeável de 2m²;
  4. Para árvores de copa de diâmetro em torno de 8m (copas grandes) o canteiro ou faixa permeável deve ter 3m²;

  1. Não é recomendado o plantio de árvores em calçadas muito estreitas (menor que 1,50m);
  2. Segundo a NBR 9050/94 o espaço mínimo para o trânsito de pedestres na calçada deve ser de 1,20m;
  3. Se a calçada for mais larga, maior que 2,50m, houver recuo predial e não houver fiação elétrica, podem ser utilizadas árvores de médio porte;
  4. Árvores de médio e grande porte podem ser utilizadas em locais com fiação elétrica desde que não sejam plantadas no alinhamento da rede e tenham sua copa conduzida desde cedo acima da rede (também existe a opção da poda em “V” ou em “furo”);
  5. Árvores de grande porte são mais adequadas para parques, rotatórias, praças e outros locais com mais espaço. No entanto, em calçadas com largura superior a 3m e sem fiação elétrica elas também podem ser utilizadas;
  6. As árvores não devem interferir na iluminação pública, na visualização de placas e sinalização de trânsito;
  7. Devem-se evitar espécies venenosas ou tóxicas e com espinhos e dar preferência aquelas de flores e frutos pequenos;
  8. Dar preferência a espécies resistentes e de crescimento rápido e com raízes que não prejudiquem o calçamento (evitar, por exemplo, espécies com raízes aéreas);
  9. As mudas plantadas em vias públicas devem obedecer as seguintes medidas: altura de 2,50m; diâmetro a altura do peito (DAP) de 0,03m; altura da primeira bifurcação de 1,80m;
  10. Algumas medidas que devem ser respeitadas no plantio de árvores em vias públicas:
 
Distância mínima em relação à
Características Máximas da Espécie
Pequeno porte Médio porte Grande porte
Esquina (referenciada ao ponto de encontro dos alinhamentos dos lotes da quadra em que se situa) 5,0m 5,0m 5,0m
Iluminação pública (1) (1) (1) e (2)
Postes 3,0m 4,0m 5,0m e (2)
Placas de identificação e sinalização (3) (3) (3)
Equipamentos de segurança (hidrantes) 1,0m 2,0m 3,0m
Instalações subterrâneas (gás,água,energia, etc.) 1,0m 1,0m 1,0m
Ramais de ligações subterrâneas 1,0m 3,0m 3,0m
Mobiliário urbano (bancas, cabines, guaritas, telefones) 2,0m 2,0m 3,0m
Galerias 1,0m 1,0m 1,0m
Caixas de inspeção (boca-de-lobo, boca-de-leão, poço-de-visita, bueiros, etc.) 2,0m 2,0m 3,0m
Fachadas de edificação 2,40m 2,40m 3,0m
Guia rebaixada, gárgula, borda de faixa de pedestre 1,0m 2,0m 1,5R (5)
Transformadores 5,0m 8,0m 12,0m
Espécies arbóreas 5,0m (4) 8,0m (4)
12,0m (4)

Tabela retirada de “Manual Técnico de Arborização Urbana” – 2005 – Prefeitura de São Paulo.
(1)  Evitar interferências com cone de iluminação;
(2)  Sempre que necessário, a copa de árvores de grande porte deverá ser conduzida acima das fiações elétricas e da iluminação pública;
(3)  A visão dos usuários não deve ser obstruída;
(4)  Caso as espécies arbóreas sejam diferentes pode ser adotada a média aritmética;
(5)  Uma vez e meia o raio da circunferência circunscrita à base do tronco da árvore quando adulta, medida em metros;

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