Jacarandá | Dalbergia nigra
De uso generalizado no mobiliário do barroco brasileiro, o jacarandá foi também exportado em larga escala para a Europa, onde fez concorrência ao ébano. Sua exploração comercial, antiga e intensa, contribuiu para a devastação das áreas onde crescia e, como espécie espontânea, tornou-se raridade.
Árvore da família das leguminosas, a mesma do jatobá, do pau-brasil e do pau-ferro, o jacarandá-verdadeiro ou jacarandá-da-baía (Dalbergia nigra) pode chegar a cinqüenta metros de altura, com noventa centímetros a 1,20m de diâmetro no tronco liso. A madeira, de um roxo quase negro e com listras escuras, é das mais rijas e duradouras do Brasil. Sua área original de ocorrência estendia-se do sul da Bahia ao Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Numerosas outras árvores dos gêneros Dalbergia e Machaerium, da família das leguminosas, são também chamadas de jacarandás, pela semelhança que sua madeira apresentam com a do jacarandá-da-baía. É o caso do jacarandá-do-pará (D. spruceana), de toda a Amazônia; do jacarandá-caviúna ou pau-violeta (D. cearensis), do Nordeste; do jacarandatã (M. scleroxylon), de Minas Gerais; e do jacarandá-paulista ou jacarandá-pardo (M. villosum), dos estados da região Sul.
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