Mandrágora (Mandragora officinarum)

Mandrágora (Mandragora officinarum)

Mandrágora (Mandragora officinarum)

Planta venenosa da família das solanáceas, a mesma da beladona e do meimendro, a mandrágora (Mandragora officinarum) contém alcalóides como a atropina e a escopolamina. É nativa do Mediterrâneo. Erva de caule muito curto, emite uma roseta de folhas, de cujo centro se alteiam as hastes das flores, de cor entre o violeta e o azul. A raiz se bifurca e, sendo grossa e carnuda, assemelha-se a duas coxas. Para aumentar essa semelhança, os feiticeiros a esculpiam e acrescentavam detalhes, como se vê em gravuras medievais que ilustram seu suposto poder afrodisíaco.

As antigas lendas em torno da mandrágora atribuíam a sua raiz, de aparência aproximadamente antropomorfa, poderes sobrenaturais, como uma espécie de embrião do ser humano, capaz de receber sopros de vida.

A colheita da mandrágora exigia providências acauteladoras pois a planta não devia ser tocada. A raiz era arrancada em noite de luar, com uma corda atada a um cachorro preto, após um ritual e orações. Segundo a crença, se colhida sem essas precauções, a mandrágora soltava um grito terrível, capaz de matar ou enlouquecer quem o ouvisse. Se obtida à maneira ritual, contudo, a raiz possuía poderes mágicos e servia para tornar fecundas as mulheres estéreis, virtude abordada na peça A mandrágora, de Maquiavel.

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