Orquídea (Cymbidium, Dendrobium e Odontoglossum)
Orquídea é uma planta da família das orquidáceas presente em quase todo o mundo, com exceção das áreas polares, e especialmente abundante nas regiões tropicais da América do Sul, do leste da Ásia e das ilhas do Pacífico. Sua classificação, variável e sujeita a revisões periódicas, vai de 400 a mais de 800 gêneros e de 15.000 a 35.000 espécies. As variedades silvestres são menos numerosas que as híbridas, resultantes de cruzamentos feitos pelo homem e popularizadas pela floricultura.
O nome orquídea (do grego orchis, "testículo") procede da analogia com os dois tubérculos que constituem a base vegetativa de algumas espécies. A mesma analogia parece ter originado a crença de que a orquídea tem propriedade de estimulante sexual.
O Brasil é excepcionalmente rico em espécies silvestres, encontradas nas matas, e também grande produtor de híbridos ornamentais para exportação. Entre os gêneros nativos destacam-se: Cattleya, Laelia, Oncidium, Epidendrum, Stanhopea, Catasetum, Miltonia, Rodriguezia e Sobralia. Os gêneros aclimatados e com espécies comumente em cultivo incluem: Cymbidium, Dendrobium e Odontoglossum. Muito cultivada na Bahia, a baunilha (Vanilla planifolia), orquídea trepadeira, é a única a fornecer produto comestível de importância econômica.
Plantas herbáceas e perenes, as orquídeas podem ser epífitas, quando crescem sobre árvores, cuja seiva porém não sugam e às quais nunca causam danos; rupestres, quando se valem de pedras, em geral com placas de musgo como suporte; ou terrestres, quando nascem diretamente do solo. As do primeiro tipo às vezes se alastram como trepadeiras e têm as raízes cobertas por um tecido esponjoso, o velame, que absorve água e nutrientes do ar. A maioria elabora seus próprios nutrientes; algumas os retiram de matéria orgânica decomposta, como paus podres, ou são auxiliadas por um fungo que vive em suas raízes.
Há dois padrões de crescimento: o monopódico, quando a orquídea apresenta caule ereto que de ano para ano se torna mais alto; e o simpódico, quando a cada ano se forma um novo caule, em rigorosa seqüência horizontal. Nesse caso, mais comum, cada caule brota de uma intumescência na base da planta, o pseudobulbo, que armazena as reservas nutritivas.
As flores nascem isoladas, em espigas ou em cachos pendentes, e vão de apenas dois milímetros a mais de trinta centímetros de diâmetro. Variam muito na forma e na cor, mas obedecem à mesma estrutura básica: três sépalas coloridas e semelhantes que se alternam com três pétalas, duas laterais e uma mediana (o labelo), em geral maior e bem diferente, de posição inferior. No botão floral o labelo fica no alto, mas com o desenvolvimento da flor sofre torção de 180o.
As orquídeas são bissexuadas, com estrutura reprodutora única, o ginostêmio, que resulta da fusão do órgão masculino (antera) com os femininos (estigma e ovário). Os grãos de pólen, produzidos na antera, aglutinam-se numa substância viscosa, transportada pelos polinizadores, em geral insetos, para outras flores. Após a fecundação, o ovário se transforma num fruto com até mais de dois milhões de sementes. Algumas orquídeas se autopolinizam; outras dependem da ação do vento ou de aves para a fecundação.
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