Poluição Poluição Ambiental, do Ar, da Água, do Solo, Poluição Radioativa, Calor e Ruído
Poluição Ambiental
A poluição ambiental tem sua origem a partir do momento em que o homem começou a utilizar a agricultura para a sua sobrevivência. Inicialmente, essa relação era equilibrada. O homem era apenas coletor e caçador, vivendo de forma integrada aos ecossistemas. Dessa forma, os recursos naturais eram mantidos intactos sob a ótica da intervenção humana, ficando apenas a mercê dos fenômenos naturais.
Com o passar do tempo, a atividade da agricultura tomou novas proporções. Era necessário mais que o básico para garantir a subsistência e, assim, o homem passou a interferir no equilíbrio ambiental. Para garantir mais produção, era necessário mais espaço físico, o que levou o homem às práticas de queimadas e derrubadas de florestas.
Porém, foi com a Revolução Industrial, que a influência do homem sobre os recursos naturais atingiu níveis preocupantes. A Revolução Industrial permitiu o crescimento das diversas indústrias, que não só contribuíram para aumentar a qualidade de vida das pessoas, mas também permitiu o crescimento populacional, influenciando de forma negativa o meio ambiente.
Nesse contexto, a explosão demográfica e seus decorrentes problemas sociais fizeram com que a poluição ambiental emergisse de forma acentuada e perigosa. São sérios problemas e desastres ambientais, provocados principalmente pela forma de produção humana, ou seja, pela maneira com que a sociedade passou a se relacionar com os recursos naturais após a Revolução Industrial.
No estudo da poluição ambiental, são vários os poluentes ambientais, porém, alguns se destacam pela sua presença em todo mundo e também pelas suas consequências. Os poluentes são relacionados com a sua respectiva origem.
A poluição ambiental é uma questão bastante discutida na atualidade e pode ser estudada sob diversos aspectos e perspectivas. A poluição é classificada de acordo com o meio em que ocorre. Assim, as alterações que ocorrem na água, no ar e no solo, classificam-se, respectivamente, como poluição da água ou hídrica, do ar ou atmosférica e do solo. Nos vários ambientes em que a poluição pode ocorrer, essa pode ser variável, de acordo com o tipo de contaminante presente o que a classifica em: Química, Térmica, Biológica, Radioativa e Mecânica.
a) Poluição Química
A Poluição Química Brutal ocorre pelos lançamentos maciços de dejetos industriais no meio ambiente, tais como ácidos, álcalis, metais pesados, hidrocarbonetos, fenóis, detergentes, dentre outros. Caracteriza-se pelos seus efeitos brutais sobre ao ambiente. Já a Poluição Química Insidiosa ou Crônica ocorre de maneira mais ou menos sistemática, com menor quantidade de poluentes. Seus efeitos são frequentemente intensificados devido à mistura de vários tipos de poluentes, que são bem mais nocivos quando agem sinergicamente com outros do que quando agem separadamente. Nesta categoria, estão incluídos os detergentes sintéticos, os subprodutos do petróleo, os pesticidas e resíduos químicos diversos.
b) Poluição Biológica ou Orgânica
Embora a poluição do ar sempre tenha existido -- como nos casos das
erupções vulcânicas ou da morte de homens asfixiados por fumaça dentro
de cavernas -- foi só na era industrial que se tornou problema mais grave.
Ela ocorre a partir da presença de substâncias estranhas na atmosfera, ou
de uma alteração importante dos constituintes desta, sendo facilmente
observável, pois provoca a formação de partículas sólidas de poeira e
fumaça.
Em 1967, o Conselho da Europa definiu a poluição do ar nos seguintes
termos: "Existe poluição do ar quando a presença de uma substância
estranha ou a variação importante na proporção de seus constituintes pode
provocar efeitos prejudiciais ou criar doenças." Essas substâncias
estranhas são os chamados agentes poluentes, classificados em cinco
grupos principais: monóxido de carbono, partículas, óxidos de enxofre,
hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. Encontram-se suspensos na
atmosfera, em estado sólido ou gasoso.
As causas mais comuns de poluição do ar são as atividades industriais,
combustões de todo tipo, emissão de resíduos de combustíveis por
veículos automotivos e a emissão de rejeitos químicos, muitas vezes
tóxicos, por fábricas e laboratórios.
O principal poluente atmosférico produzido pelo homem (o dióxido de
carbono e o vapor d'água são elementos constitutivos do ar) é o dióxido
sulfúrico, formado pela oxidação do enxofre no carvão e no petróleo, como
ocorre nas fundições e nas refinarias. Lançado no ar, ele dá origem a
perigosas dispersões de ácido sulfúrico. Às vezes, à poluição se acrescenta
o mau cheiro, produzido por emanações de certas indústrias, como
curtumes, fábricas de papel, celulose e outras.
O dióxido de carbono, ou gás carbônico, importante regulador da
atmosfera, pode causar modificações climáticas consideráveis se tiver
alterada a sua concentração. É o que ocorre no chamado efeito estufa, em
que a concentração excessiva desse gás pode provocar, entre outros
danos, o degelo das calotas polares, o que resulta na inundação das
regiões costeiras de todos os continentes. O monóxido de carbono, por sua
vez, é produzido sobretudo pelos automóveis, pela indústria siderúrgica e
pelas refinarias de petróleo. Outros poluentes atmosféricos são:
hidrocarbonetos, aldeídos, óxidos de azoto, óxidos de ferro, chumbo e
derivados, silicatos, flúor e derivados, entre outros.
No final da década de 1970, descobriu-se nova e perigosa
consequência da poluição: a redução da camada de ozônio que protege a
superfície da Terra da incidência de raios ultravioleta. Embora não esteja
definitivamente comprovado, atribuiu-se o fenômeno à emissão de gases
industriais conhecidos pelo nome genérico de clorofluorcarbonos (CFC).
Quando atingem a atmosfera e são bombardeados pela radiação
ultravioleta, os CFC, muito usados em aparelhos de refrigeração e em
sprays, liberam cloro, elemento que destrói o ozônio. Além de prejudicar a
visão e o aparelho respiratório, a concentração de poluentes na atmosfera
provoca alergias e afeta o sangue e os tecidos ósseo, nervoso e muscular.
Poluição do solo
A poluição pode afetar também o solo e dificultar seu cultivo. Nas
grandes aglomerações urbanas, o principal foco de poluição do solo são os
resíduos industriais e domésticos. O lixo das cidades brasileiras, por
exemplo, contém de setenta e a oitenta por cento de matéria orgânica em
decomposição e constitui uma permanente ameaça de surtos epidêmicos.
O esgoto tem sido usado em alguns países para mineralizar a matéria
orgânica e irrigar o solo, mas esse processo apresenta o inconveniente de
veicular microrganismos patogênicos. Excrementos humanos podem
provocar a contaminação de poços e mananciais de superfície. Os resíduos
radioativos, juntamente com nutrientes, são absorvidos pelas plantas. Os
fertilizantes e pesticidas sintéticos são suscetíveis de incorporar-se à
cadeia alimentar.
Fator principal de poluição do solo é o desmatamento, causa de
desequilíbrios hidrogeológicos, pois em consequência de tal prática a terra
deixa de reter as águas pluviais. Calcula-se que no Brasil sejam abatidos
anualmente trinta mil quilômetros quadrados de florestas, com o objetivo de
obter madeira ou áreas para cultivo.
Outra grande ameaça à agricultura é o fenômeno conhecido como
chuva ácida. Trata-se de gases tóxicos em suspensão na atmosfera que
são arrastados para a terra pelas precipitações. A chuva ácida afeta regiões com elevado índice de industrialização e exerce uma ação nefasta
sobre as áreas cultivadas e os campos em geral.
Poluição radioativa, calor e ruído
Um tipo extremamente grave de poluição, que afeta tanto o meio aéreo
quanto o aquático e o terrestre, é o nuclear. Trata-se do conjunto de ações
contaminadoras derivadas do emprego da energia nuclear, e se deve à
radioatividade dos materiais necessários à obtenção dessa energia. A
poluição nuclear é causada por explosões atômicas, por despejos
radioativos de hospitais, centros de pesquisa, laboratórios e centrais
nucleares, e, ocasionalmente, por vazamentos ocorridos nesses locais.
Também podem ser incluídos no conceito de poluição o calor (poluição
térmica) e o ruído (poluição sonora), na medida em que têm efeitos nocivos
sobre o homem e a natureza. O calor que emana das fábricas e residências
contribui para aquecer o ar das cidades. Grandes usinas utilizam águas dos
rios para o resfriamento de suas turbinas e as devolvem aquecidas; muitas
fábricas com máquinas movidas a vapor também lançam água quente nos
rios, o que chega a provocar o aparecimento de fauna e flora de latitudes
mais altas, com consequências prejudiciais para determinadas espécies de
peixes.
No Brasil, além dos despejos industriais, o problema da poluição é
agravado pela rápida urbanização (três quartos da população do país vivem
nas cidades), que pressiona a infra-estrutura urbana com quantidades
crescentes de lixo, esgotos, gases e ruídos de automóveis, entre outros
fatores, com a consequente degradação das águas, do ar e do solo. Já no
campo, os dois principais agentes poluidores são as queimadas, para fins
de cultivo, pecuária ou mineração, e o uso indiscriminado de agrotóxicos
nas plantações. Tais práticas, além de provocarem desequilíbrios
ecológicos, acarretam riscos de erosão e desertificação.
Poluição do Ar Mata mais que Acidentes de Trânsito
Pesquisa inédita feita pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade aponta
que, em 2011, concluira que as consequências da poluição do ar matam mais gente no Grande ABC do que os acidentes de trânsito. 936 pessoas morreram em razão de complicações provocadas
pela inalação de poluentes. No mesmo ano, o Ministério da Saúde aponta
235 mortes na região por ocorrências ligadas aos transportes.
Para chegar às estatísticas, o instituto cruzou dados da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) com informações da OMS (Organização Mundial da Saúde). A pesquisa foi divulgada ontem em evento na Câmara Municipal de São Paulo.
Santo André é a cidade da região com mais casos registrados: 302 mortes, seguida de perto por São Bernardo, com 300. Em seguida, aparecem Mauá (140), Diadema (115) e São Caetano (106). Em todo o Estado, foram computados 17.443 óbitos em decorrência das toxinas no ar. Não há estatísticas disponíveis sobre Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Para chegar às estatísticas, o instituto cruzou dados da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) com informações da OMS (Organização Mundial da Saúde). A pesquisa foi divulgada ontem em evento na Câmara Municipal de São Paulo.
Santo André é a cidade da região com mais casos registrados: 302 mortes, seguida de perto por São Bernardo, com 300. Em seguida, aparecem Mauá (140), Diadema (115) e São Caetano (106). Em todo o Estado, foram computados 17.443 óbitos em decorrência das toxinas no ar. Não há estatísticas disponíveis sobre Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
A poluição também provoca forte impacto nos cofres públicos. Foram gastos R$ 5,8 milhões em 2011 com internações. Problemas cardiovasculares e respiratórios são a maioria dos casos que demandaram permanência dos pacientes em hospitais. Outra consequência comum é o câncer.
“Com R$ 5,8 milhões é possível fazer um Ambulatório Médico de Especialidades equipado ou custear o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da região. E esse valor está subestimado. Não são computadas as faltas dos trabalhadores, os remédios comprados e a redução da expectativa de vida”, comenta o médico e professor da USP (Universidade de São Paulo) Paulo Saldiva, especialista em poluição do ar.
O nível médio de emissão de materiais particulados no Grande ABC é de 22,34 microgramas por metro cúbico – mais que o dobro dos dez considerados como aceitáveis pela OMS. São Bernardo (24,19) e São Caetano (23,23) lideram a lista. Uma das medidas sugeridas por Saldiva para diminuir o lançamento de poluentes é a expansão da inspeção veicular ambiental – hoje feita apenas na Capital – para todo o Estado.
Em maio, a Justiça paulista acatou liminar do Ministério Público para que o procedimento seja obrigatório em todos os municípios de São Paulo, mas o prazo para início é apenas a metade do ano que vem. “Um ponto positivo é o fato de que, a partir do momento em que uma cidade opta por limpar o ar, os impactos são quase imediatos”, garante o médico.
Já a médica Evangelina Vormittag, presidente do instituto, cobra a criação de leis que imponham limites rigorosos à emissão de poluentes por parte de veículos automotores e indústrias. “Faltam políticas públicas de combate para diminuir isso, especialmente no Grande ABC, cuja característica industrial é muito forte.”
Evangelina acrescenta que, além da quantidade de substâncias que é lançada ao ar, o clima também influencia nas medições. “Em 2009, por exemplo, foram registrados índices inferiores aos que estamos acostumados. Mas foi um ano atípico, considerando as condições climáticas muito favoráveis para a dispersão de poluentes, como a chuva e o vento. Quanto mais seco o tempo, pior. Isso se reflete também na saúde.”
“Com R$ 5,8 milhões é possível fazer um Ambulatório Médico de Especialidades equipado ou custear o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da região. E esse valor está subestimado. Não são computadas as faltas dos trabalhadores, os remédios comprados e a redução da expectativa de vida”, comenta o médico e professor da USP (Universidade de São Paulo) Paulo Saldiva, especialista em poluição do ar.
O nível médio de emissão de materiais particulados no Grande ABC é de 22,34 microgramas por metro cúbico – mais que o dobro dos dez considerados como aceitáveis pela OMS. São Bernardo (24,19) e São Caetano (23,23) lideram a lista. Uma das medidas sugeridas por Saldiva para diminuir o lançamento de poluentes é a expansão da inspeção veicular ambiental – hoje feita apenas na Capital – para todo o Estado.
Em maio, a Justiça paulista acatou liminar do Ministério Público para que o procedimento seja obrigatório em todos os municípios de São Paulo, mas o prazo para início é apenas a metade do ano que vem. “Um ponto positivo é o fato de que, a partir do momento em que uma cidade opta por limpar o ar, os impactos são quase imediatos”, garante o médico.
Já a médica Evangelina Vormittag, presidente do instituto, cobra a criação de leis que imponham limites rigorosos à emissão de poluentes por parte de veículos automotores e indústrias. “Faltam políticas públicas de combate para diminuir isso, especialmente no Grande ABC, cuja característica industrial é muito forte.”
Evangelina acrescenta que, além da quantidade de substâncias que é lançada ao ar, o clima também influencia nas medições. “Em 2009, por exemplo, foram registrados índices inferiores aos que estamos acostumados. Mas foi um ano atípico, considerando as condições climáticas muito favoráveis para a dispersão de poluentes, como a chuva e o vento. Quanto mais seco o tempo, pior. Isso se reflete também na saúde.”
90% dos Europeus Vivem em Áreas com Alto Índice de Poluição
Quase 90% dos moradores de zonas urbanas europeias continuam expostos a uma poluição com partículas e um número ainda maior ao ozônio, em níveis que superam os recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), adverte um relatório da Agência Europeia do Meio Ambiente (AEE).
"Grandes proporções da população não vivem em um ambiente saudável (...). A Europa deve ir mais longe na legislação aprovada", menos rígida que as recomendações da OMS, considera o diretor-executivo da AEE, Hans Bruyninckx.
A emissão de partículas PM10 (de diâmetro inferior a 10 microns) e PM 2,5 diminuiu respectivamente 14% e 16% na União Europeia entre 2002 e 2011, indica o relatório da AEE.
"Grandes proporções da população não vivem em um ambiente saudável (...). A Europa deve ir mais longe na legislação aprovada", menos rígida que as recomendações da OMS, considera o diretor-executivo da AEE, Hans Bruyninckx.
A emissão de partículas PM10 (de diâmetro inferior a 10 microns) e PM 2,5 diminuiu respectivamente 14% e 16% na União Europeia entre 2002 e 2011, indica o relatório da AEE.
No entanto, em 2011, 33% dos habitantes da UE viviam em zonas onde as concentrações máximas autorizadas de PM10 em 24 horas foram superadas.
De acordo com as normas da OMS, que não são obrigatórias, trata-se de 88% da população urbana.
As partículas de menor tamanho penetram profundamente nos pulmões e no sangue, provocando patologias respiratórias e cardiovasculares. As PM10 são emitidas principalmente por processos mecânicos como as atividades de construção, enquanto as PM 2,5 resultam da combustão (madeira, combustível, especialmente diesel).
Por sua vez, 98% das populações urbanas estiveram expostas desde 2011 a concentrações de ozônio superiores às recomendações da OMS. O ozônio resulta das transformações, sob os efeitos dos raios solares, das emissões dos veículos a motor e das atividades industriais, e provoca irritação para as vias respiratórias.
Um relatório europeu publicado na terça-feira (15 de outubro de 2013) pelo "Lancet Respiratory Journal", baseado em 14 estudos realizados em 12 países em 74 mil mulheres, mostra que uma exposição ainda limitada a PM 2,5 durante a gravidez aumenta os riscos de peso insuficiente no recém-nascido.
Um peso de menos de 2,5 kg após 37 semanas de gestação pode provocar problemas respiratórios durante a infância, assim como dificuldades cognitivas.
De acordo com as normas da OMS, que não são obrigatórias, trata-se de 88% da população urbana.
As partículas de menor tamanho penetram profundamente nos pulmões e no sangue, provocando patologias respiratórias e cardiovasculares. As PM10 são emitidas principalmente por processos mecânicos como as atividades de construção, enquanto as PM 2,5 resultam da combustão (madeira, combustível, especialmente diesel).
Por sua vez, 98% das populações urbanas estiveram expostas desde 2011 a concentrações de ozônio superiores às recomendações da OMS. O ozônio resulta das transformações, sob os efeitos dos raios solares, das emissões dos veículos a motor e das atividades industriais, e provoca irritação para as vias respiratórias.
Um relatório europeu publicado na terça-feira (15 de outubro de 2013) pelo "Lancet Respiratory Journal", baseado em 14 estudos realizados em 12 países em 74 mil mulheres, mostra que uma exposição ainda limitada a PM 2,5 durante a gravidez aumenta os riscos de peso insuficiente no recém-nascido.
Um peso de menos de 2,5 kg após 37 semanas de gestação pode provocar problemas respiratórios durante a infância, assim como dificuldades cognitivas.
Poluição da Água
A utilização da água como recurso diminui sua qualidade e, em muitos casos, ao ser devolvida após sua utilização, provoca deteriorização do meio ambiente. No ciclo hidrológico do planeta, a qualidade da água é afetada pelas características do ambiente do qual está inserida. Mesmo em condições naturais, a qualidade da água é afetada pelo escoamento superficial e infiltração no solo, incorporando partículas ou dissolvendo íons.
As atividades e fontes que mais geram poluição aquática são:
- as águas residuárias urbanas (esgoto doméstico);
- os efluentes industriais;
- as águas de escoamento geradas pelas atividades terrestres ;
- a deposição da poluição atmosférica;
- os lixiviados gerados pelos vertedouros e pelas explorações minerais.
As fontes de poluição podem ser classificadas em:
- Pontual: Descarga concentrada como, por exemplo, um emissário descarregando os esgotos de uma comunidade num rio, ou as águas que servem a uma residência lançadas diretamente nos córregos;
- Não pontual: Os poluentes entram ao longo de grande extensão como, por exemplo, a drenagem pluvial natural. Os efluentes procedem das águas das chuvas e podem conter agrotóxicos, óleos, metais pesados etc. Trata-se de uma poluição de difícil controle e pode manifestar-se em lugares distantes dos locais geradores, bem como a longo prazo, há que os poluentes podem ficar retidos no solo, retardando sua detecção.
A interferência humana, quer de forma concentrada, quer de forma dispersa, afeta a qualidade da água, motivo pelo qual impõe-se tratá-la após seu uso, evitando-se impactos ambientais negativos.
Em geral, o tratamento de resíduos pode ser feito de acordo com três métodos diferentes, apontados a seguir:
Métodos de tratamento de águas residuárias
Diluição ou eliminação
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Seu objetivo é conseguir que a concentração final de poluentes seja a correta para o meio ambiente, a qual é atingida diluindo os poluentes nas mesmas águas da corrente receptora. Um exemplo típico são os emissários submarinos que conduzem os poluentes até correntes profundas e distantes, onde se diluem.
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Acumulação ou injeção no terreno
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Os poluentes são injetados em caixas sedimentares do terreno, entre capas totalmente impermeáveis. Este método não deve ser praticado caso existam águas subterrâneas.
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Concentração ou tratamento específico
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Consiste na aplicação de um tratamento físico, químico ou biológico (segundo as características das substâncias poluentes a serem eliminadas), de forma que os poluentes fiquem concentrados
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O objetivo dos tratamentos de depuração das águas residuárias é o de separar, concentrar ou transformar os diferentes tipos de poluentes presentes na água para garantir a qualidade exigida pela legislação e também para que se possa lançar o efluente ao corpo receptor final. A depuração é efetuada através de uma série de etapas ou operações unitárias sequenciais, podendo estas serem realizadas de forma centrada ou individual.
Poluição das Águas dos Rios e Mares
Desde os tempos mais remotos o homem costuma lançar seus detritos nos cursos de água. Até a Revolução Industrial, porém, esse procedimento não causava problemas, já que os rios, lagos e oceanos têm considerável poder de auto limpeza, de purificação. Com a industrialização, a situação começou a sofrer profundas alterações. O volume de detritos despejados nas águas tornou-se cada vez maior, superando a capacidade de purificação dos rios e oceanos, que é limitada. Além disso, passou a ser despejada na água uma grande quantidade de elementos que não são biodegradáveis, ou seja, não são decompostos pela natureza. Tais elementos - por exemplo, os plásticos, a maioria dos detergentes e os pesticidas - vão se acumulando nos rios, lagos e oceanos, diminuindo a capacidade de retenção de oxigênio das águas e, consequentemente, prejudicando a vida aquática.
A água empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termelétricas e atomelétricas e em alguns tipos de indústrias também causa sérios problemas de poluição. Essa água, que é lançada nos rios ainda quente, faz aumentar a temperatura da água do rio e acaba provocando a eliminação de algumas espécies de peixes, a proliferação excessiva de outras e, em alguns casos, a destruição de todas.
Um dos maiores poluentes dos oceanos é o petróleo. Com o intenso tráfego de navios petroleiros, esse tipo de poluição alcança níveis elevadíssimos. Além dos vazamentos causados por acidente, em que milhares de toneladas de óleo são despejados na água, os navios soltam petróleo no mar rotineiramente, por ocasião de lavagem de seus reservatórios. Esses resíduos de petróleo lançados ao mar com a água da lavagem representam cerca de 0,4 a 0,5% da carga total.
www.megatimes.com.br
www.geografiatotal.com.br
A água empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termelétricas e atomelétricas e em alguns tipos de indústrias também causa sérios problemas de poluição. Essa água, que é lançada nos rios ainda quente, faz aumentar a temperatura da água do rio e acaba provocando a eliminação de algumas espécies de peixes, a proliferação excessiva de outras e, em alguns casos, a destruição de todas.
Um dos maiores poluentes dos oceanos é o petróleo. Com o intenso tráfego de navios petroleiros, esse tipo de poluição alcança níveis elevadíssimos. Além dos vazamentos causados por acidente, em que milhares de toneladas de óleo são despejados na água, os navios soltam petróleo no mar rotineiramente, por ocasião de lavagem de seus reservatórios. Esses resíduos de petróleo lançados ao mar com a água da lavagem representam cerca de 0,4 a 0,5% da carga total.
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