Ecologia e Movimento Ecológico
A palavra ecologia (do grego oikos, "casa") foi cunhada no século XIX pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel, para designar a "relação dos animais com seu meio ambiente orgânico e inorgânico". A expressão meio ambiente inclui tanto outros organismos quanto o meio físico circundante. Envolve relações entre indivíduos de uma mesma população e entre indivíduos de diferentes populações. Essas interações entre os indivíduos, as populações e os organismos e seu ambiente formam sistemas ecológicos, ou ecossistemas. A ecologia também já foi definida como "o estudo das inter- relações dos organismos e seu ambiente, e vice-versa", como "a economia da natureza", e como "a biologia dos ecossistemas".
Durante muito tempo desconhecida do grande público e relegada a
segundo plano por muitos cientistas, a ecologia surgiu no século XX como
um dos mais populares aspectos da biologia. Isto porque tornou-se
evidente que a maioria dos problemas que o homem vem enfrentando,
como crescimento populacional, poluição ambiental, fome e todos os
problemas sociológicos e políticos atuais, são em grande parte ecológicos.
Histórico
A ecologia não tem um início muito bem delineado. Encontra
seus primeiros antecedentes na história natural dos gregos, particularmente
em um discípulo de Aristóteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as
relações dos organismos entre si e com o meio. As bases posteriores para
a ecologia moderna foram lançadas nos primeiros trabalhos dos
fisiologistas sobre plantas e animais.
O aumento do interesse pela dinâmica das populações recebeu
impulso especial no início do século XIX e depois que Thomas Malthus
chamou atenção para o conflito entre as populações em expansão e a
capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl (1920), A. J.
Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemáticas
para o estudo das populações, o que levou a experiências sobre a
interação de predadores e presas, as relações competitivas entre espécies e o controle populacional. O estudo da influência do comportamento sobre
as populações foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920, da
territorialidade dos pássaros. Os conceitos de comportamento instintivo e
agressivo foram lançados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen,
enquanto V. C. Wynne-Edwards estudava o papel do comportamento social
no controle das populações.
No início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos, um na
Europa e outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de
dois diferentes pontos de vista. Os botânicos europeus se preocuparam em
estudar a composição, a estrutura e a distribuição das comunidades
vegetais, enquanto os americanos estudaram o desenvolvimento dessas
comunidades, ou sua sucessão. As ecologias animal e vegetal se
desenvolveram separadamente até que os biólogos americanos deram
ênfase à inter-relação de comunidades vegetais e animais como um todo
biótico.
Alguns ecologistas se detiveram na dinâmica das comunidades e
populações, enquanto outros se preocuparam com as reservas de energia.
Em 1920, o biólogo alemão August Thienemann introduziu o conceito de
níveis tróficos, ou de alimentação, pelos quais a energia dos alimentos é
transferida, por uma série de organismos, das plantas verdes (produtoras)
aos vários níveis de animais (consumidores). Em 1927, C. S. Elton,
ecologista inglês especializado em animais, avançou nessa abordagem
com o conceito de nichos ecológicos e pirâmides de números. Dois
biólogos americanos, E. Birge e C. Juday, na década de 1930, ao medir a
reserva energética de lagos, desenvolveram a ideia da produção primária,
isto é, a proporção na qual a energia é gerada, ou fixada, pela fotossíntese.
A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o
desenvolvimento, pelo americano R. L. Lindeman, do conceito trófico-
dinâmico de ecologia, que detalha o fluxo da energia através do
ecossistema. Esses estudos quantitativos foram aprofundados pelos
americanos Eugene e Howard Odum. Um trabalho semelhante sobre o ciclo
dos nutrientes foi realizado pelo australiano J. D. Ovington.
O estudo do fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado
pelo desenvolvimento de novas técnicas -- radioisótopos, microcalorimetria,
computação e matemática aplicada - que permitiram aos ecologistas
rotular, rastrear e medir o movimento de nutrientes e energias específicas
através dos ecossistemas. Esses métodos modernos deram início a um
novo estágio no desenvolvimento dessa ciência - a ecologia dos sistemas,
que estuda a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas.
Conceito unificador
Até o fim do século XX, faltava à ecologia uma
base conceitual. A ecologia moderna, porém, passou a se concentrar no
conceito de ecossistema, uma unidade funcional composta de organismos
integrados, e em todos os aspectos do meio ambiente em qualquer área
específica. Envolve tanto os componentes sem vida (abióticos) quanto os
vivos (bióticos) através dos quais ocorrem o ciclo dos nutrientes e os fluxos
de energia. Para realizá-los, os ecossistemas precisam conter algumas
inter-relações estruturadas entre solo, água e nutrientes, de um lado, e
entre produtores, consumidores e decomponentes, de outro.
Os ecossistemas funcionam graças à manutenção do fluxo de energia
e do ciclo de materiais, desdobrado numa série de processos e relações
energéticas, chamada cadeia alimentar, que agrupa os membros de uma
comunidade natural. Existem cadeias alimentares em todos os habitats, por
menores que sejam esses conjuntos específicos de condições físicas que
cercam um grupo de espécies. As cadeias alimentares costumam ser
complexas, e várias cadeias se entrecruzam de diversas maneiras,
formando uma teia alimentar que reproduz o equilíbrio natural entre plantas,
herbívoros e carnívoros.
Os ecossistemas tendem à maturidade, ou estabilidade, e ao atingi-la
passam de um estado menos complexo para um mais complexo. Essa
mudança direcional é chamada sucessão. Sempre que um ecossistema é
utilizado, e que a exploração se mantém, sua maturidade é adiada.
A principal unidade funcional de um ecossistema é sua população. Ela
ocupa um certo nicho funcional, relacionado a seu papel no fluxo de
energia e ciclo de nutrientes. Tanto o meio ambiente quanto a quantidade
de energia fixada em qualquer ecossistema são limitados. Quando uma
população atinge os limites impostos pelo ecossistema, seus números
precisam estabilizar-se e, caso isso não ocorra, devem declinar em consequência de doença, fome, competição, baixa reprodução e outras
reações comportamentais e psicológicas. Mudanças e flutuações no meio
ambiente representam uma pressão seletiva sobre a população, que deve
se ajustar. O ecossistema tem aspectos históricos: o presente está
relacionado com o passado, e o futuro com o presente. Assim, o
ecossistema é o conceito que unifica a ecologia vegetal e animal, a
dinâmica, o comportamento e a evolução das populações.
Áreas de estudo
A ecologia é uma ciência multidisciplinar, que envolve
biologia vegetal e animal, taxonomia, fisiologia, genética, comportamento,
meteorologia, pedologia, geologia, sociologia, antropologia, física, química,
matemática e eletrônica. Quase sempre se torna difícil delinear a fronteira
entre a ecologia e qualquer dessas ciências, pois todas têm influência
sobre ela. A mesma situação existe dentro da própria ecologia. Na
compreensão das interações entre o organismo e o meio ambiente ou entre
organismos, é quase sempre difícil separar comportamento de dinâmica
populacional, comportamento de fisiologia, adaptação de evolução e
genética, e ecologia animal de ecologia vegetal.
A ecologia se desenvolveu ao longo de duas vertentes: o estudo das
plantas e o estudo dos animais. A ecologia vegetal aborda as relações das
plantas entre si e com seu meio ambiente. A abordagem é altamente
descritiva da composição vegetal e florística de uma área e normalmente
ignora a influência dos animais sobre as plantas. A ecologia animal envolve
o estudo da dinâmica, distribuição e comportamento das populações, e das
inter-relações de animais com seu meio ambiente. Como os animais
dependem das plantas para sua alimentação e abrigo, a ecologia animal
não pode ser totalmente compreendida sem um conhecimento considerável
de ecologia vegetal. Isso é verdade especialmente nas áreas aplicadas da
ecologia, como manejo da vida selvagem.
A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das
inter-relações de um organismo individual com seu ambiente (auto-
ecologia), ou como o estudo de comunidades de organismos (sinecologia).
A auto-ecologia, ou estudo clássico da ecologia, é experimental e
indutiva. Por estar normalmente interessada no relacionamento de um
organismo com uma ou mais variáveis, é facilmente quantificável e útil nas
pesquisas de campo e de laboratório. Algumas de suas técnicas são
tomadas de empréstimo da química, da física e da fisiologia. A auto-
ecologia contribuiu com pelo menos dois importantes conceitos: a
constância da interação entre um organismo e seu ambiente, e a
adaptabilidade genética de populações às condições ambientais do local
onde vivem.
A sinecologia é filosófica e dedutiva. Largamente descritiva, não é
facilmente quantificável e contém uma terminologia muito vasta. Apenas
recentemente, com o advento da era eletrônica e atômica, a sinecologia
desenvolveu os instrumentos para estudar sistemas complexos e dar início
a sua fase experimental. Os conceitos importantes desenvolvidos pela
sinecologia são aqueles ligados ao ciclo de nutrientes, reservas
energéticas, e desenvolvimento dos ecossistemas. A sinecologia tem
ligações estreitas com a pedologia, a geologia, a meteorologia e a
antropologia cultural.
A sinecologia pode ser subdividida de acordo com os tipos de
ambiente, como terrestre ou aquático. A ecologia terrestre, que contém
subdivisões para o estudo de florestas e desertos, por exemplo, abrange
aspectos dos ecossistemas terrestres como microclimas, química dos
solos, fauna dos solos, ciclos hidrológicos, ecogenética e produtividade.
Os ecossistemas terrestres são mais influenciados por organismos e
sujeitos a flutuações ambientais muito mais amplas do que os
ecossistemas aquáticos. Esses últimos são mais afetados pelas condições
da água e possuem resistência a variáveis ambientais como temperatura.
Por ser o ambiente físico tão importante no controle dos ecossistemas
aquáticos, dá-se muita atenção às características físicas do ecossistema
como as correntes e a composição química da água. Por convenção, a
ecologia aquática, denominada limnologia, limita-se à ecologia de cursos
d'água, que estuda a vida em águas correntes, e à ecologia dos lagos, que
se detém sobre a vida em águas relativamente estáveis. A vida em mar
aberto e estuários é objeto da ecologia marinha.
Outras abordagens ecológicas se concentram em áreas
especializadas. O estudo da distribuição geográfica das plantas e animais denomina-se geografia ecológica animal e vegetal. Crescimento
populacional, mortalidade, natalidade, competição e relação predador-presa
são abordados na ecologia populacional. O estudo da genética e a ecologia
das raças locais e espécies distintas é a ecologia genética. As reações
comportamentais dos animais a seu ambiente, e as interações sociais que
afetam a dinâmica das populações são estudadas pela ecologia
comportamental. As investigações de interações entre o meio ambiente
físico e o organismo se incluem na ecoclimatologia e na ecologia fisiológica.
A parte da ecologia que analisa e estuda a estrutura e a função dos
ecossistemas pelo uso da matemática aplicada, modelos matemáticos e
análise de sistemas é a ecologia dos sistemas. A análise de dados e
resultados, feita pela ecologia dos sistemas, incentivou o rápido
desenvolvimento da ecologia aplicada, que se ocupa da aplicação de
princípios ecológicos ao manejo dos recursos naturais, produção agrícola, e
problemas de poluição ambiental.
Movimento ecológico
A intervenção do homem no meio ambiente ao
longo da história, principalmente após a revolução industrial, foi sempre no
sentido de agredir e destruir o equilíbrio ecológico, não raro com
consequências desastrosas. A ação das queimadas, por exemplo, provoca
o desequilíbrio da fauna e da flora e modifica o clima. Várias espécies de
animais foram extintas ou se encontram em risco de extinção em
decorrência das atividades do homem.
Já no século XIX se podia detectar a existência de graves problemas
ambientais, como mostram os relatos sobre poluição e insalubridade nas
fábricas e bairros operários. Encontram-se raciocínios claros da vertente
que mais tarde se definiria como ecologia social na obra de economistas
como Thomas Malthus, Karl Marx e John Stuart Mill, e de geógrafos como
Friedrich Ratzel e George P. Marsh. Mesmo entre os socialistas, porém,
predominava a crença nas possibilidades do industrialismo e a ausência de
preocupação com os limites naturais. Também contribuiu o fato de a
economia industrial não ter ainda revelado as contradições ecológicas
inerentes a seu funcionamento, evidenciadas no século XX.
De fato, a maioria das teorias econômicas recentes traduz essa atitude
e raciocina como se a economia estivesse acima da natureza. A economia,
no entanto, pode até mesmo ser considerada apenas um capítulo da
ecologia, uma vez que se refere somente à ação material e à demanda de
uma espécie, o homem, enquanto a ecologia examina a ação de todas as
espécies, seus relacionamentos e interdependências.
A radicalização do impacto destrutivo do homem sobre a natureza,
provocada pelo desenvolvimento do industrialismo, inspirou, especialmente
ao longo do século XX, uma série de iniciativas. A mais antiga delas é o
conservacionismo, que é a luta pela conservação do ambiente natural ou
de partes e aspectos dele, contra as pressões destrutivas das sociedades
humanas. Denúncias feitas em congressos internacionais geraram uma
campanha em favor da criação de reservas de vida selvagem, que
ajudaram a garantir a sobrevivência de muitas espécies ameaçadas.
No Brasil, o movimento conservacionista está razoavelmente
estabelecido. Em 1934, foi realizada no Museu Nacional, no Rio de Janeiro,
a I Conferência Brasileira de Proteção à Natureza. Três anos mais tarde
criou-se o primeiro parque nacional brasileiro, na região de Itatiaia RJ.
Além dos grupos conservacionistas, surgiu no movimento ecológico um novo tipo de grupo, o dos chamados ecologistas. A linha divisória entre eles nem sempre está bem demarcada, pois muitas vezes os dois tipos de grupos se confundem em alguma luta específica comum. Os ecologistas, porém, apesar de mais recentes, têm peso político cada vez maior. Vertente do movimento ecológico que propõe mudanças globais nas estruturas sociais, econômicas e culturais, esse grupo nasceu da percepção de que a atual crise ecológica é consequência direta de um modelo de civilização insustentável. Embora seja também conservacionista, o ecologismo caracteriza-se por defender não só a sobrevivência da espécie humana, como também a construção de formas sociais e culturais que garantam essa sobrevivência.
Além dos grupos conservacionistas, surgiu no movimento ecológico um novo tipo de grupo, o dos chamados ecologistas. A linha divisória entre eles nem sempre está bem demarcada, pois muitas vezes os dois tipos de grupos se confundem em alguma luta específica comum. Os ecologistas, porém, apesar de mais recentes, têm peso político cada vez maior. Vertente do movimento ecológico que propõe mudanças globais nas estruturas sociais, econômicas e culturais, esse grupo nasceu da percepção de que a atual crise ecológica é consequência direta de um modelo de civilização insustentável. Embora seja também conservacionista, o ecologismo caracteriza-se por defender não só a sobrevivência da espécie humana, como também a construção de formas sociais e culturais que garantam essa sobrevivência.
Desde a antiguidade há sinais de luta contra a poluição, mas esta só se
tornou realmente um problema com o advento da revolução industrial. Já
no início do século XIX registraram-se queixas, no Reino Unido, contra o
ruído ensurdecedor de máquinas e motores. As chaminés das fábricas
lançavam no ar quantidades cada vez maiores de cloro, amônia, monóxido
de carbono e metano, aumentando a incidência de doenças pulmonares.
Os rios foram contaminados com a descarga de grande volume de dejetos,
o que provocou epidemias de cólera e febre tifóide. No século XX surgiram
novas fontes de poluição, como a radioativa e, sobretudo, a decorrente dos
gases lançados por veículos automotores.
A poluição e seu controle são em geral tratados em três categorias naturais: poluição da água, poluição do ar e poluição do solo. Estes três elementos também interagem e em consequência têm surgido divisões inadequadas de responsabilidades, com resultados negativos para o controle da poluição. Os depósitos de lixo poluem a terra, mas sua incineração contribui para a poluição do ar. Carregados pela chuva, os poluentes que estão no solo ou em suspensão no ar vão poluir a água e substâncias sedimentadas na água acabam por poluir a terra.
Ecologia
com Enfoque Global
A poluição e seu controle são em geral tratados em três categorias naturais: poluição da água, poluição do ar e poluição do solo. Estes três elementos também interagem e em consequência têm surgido divisões inadequadas de responsabilidades, com resultados negativos para o controle da poluição. Os depósitos de lixo poluem a terra, mas sua incineração contribui para a poluição do ar. Carregados pela chuva, os poluentes que estão no solo ou em suspensão no ar vão poluir a água e substâncias sedimentadas na água acabam por poluir a terra.
Ecologia
com Enfoque Global
Durante muito tempo desconhecida do grande público e relegada a segundo plano por muitos cientistas, a ecologia surgiu no século XX como um dos mais populares aspectos da biologia. Isto porque tornou-se evidente que a maioria dos problemas que o homem vem enfrentando, como crescimento populacional, poluição ambiental, fome e todos os problemas sociológicos e políticos atuais, são em grande parte ecológicos.
A palavra ecologia (do grego oikos, "casa") foi cunhada no século XIX pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel, para designar a "relação dos animais com seu meio ambiente orgânico e inorgânico". A expressão meio ambiente inclui tanto outros organismos quanto o meio físico circundante. Envolve relações entre indivíduos de uma mesma população e entre indivíduos de diferentes populações. Essas interações entre os indivíduos, as populações e os organismos e seu ambiente formam sistemas ecológicos, ou ecossistemas. A ecologia também já foi definida como "o estudo das inter-relações dos organismos e seu ambiente, e vice-versa", como "a economia da natureza", e como "a biologia dos ecossistemas".
Áreas de estudo
A ecologia é uma ciência multidisciplinar, que envolve biologia vegetal e animal, taxonomia, fisiologia, genética, comportamento, meteorologia, pedologia, geologia, sociologia, antropologia, física, química, matemática e eletrônica. Quase sempre se torna difícil delinear a fronteira entre a ecologia e qualquer dessas ciências, pois todas têm influência sobre ela. A mesma situação existe dentro da própria ecologia. Na compreensão das interações entre o organismo e o meio ambiente ou entre organismos, é quase sempre difícil separar comportamento de dinâmica populacional, comportamento de fisiologia, adaptação de evolução e genética, e ecologia animal de ecologia vegetal.
A ecologia se desenvolveu ao longo de duas vertentes: o estudo das plantas e o estudo dos animais. A ecologia vegetal aborda as relações das plantas entre si e com seu meio ambiente. A abordagem é altamente descritiva da composição vegetal e florística de uma área e normalmente ignora a influência dos animais sobre as plantas. A ecologia animal envolve o estudo da dinâmica, distribuição e comportamento das populações, e das inter-relações de animais com seu meio ambiente. Como os animais dependem das plantas para sua alimentação e abrigo, a ecologia animal não pode ser totalmente compreendida sem um conhecimento considerável de ecologia vegetal. Isso é verdade especialmente nas áreas aplicadas da ecologia, como manejo da vida selvagem.
A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das inter-relações de um organismo individual com seu ambiente (auto-ecologia), ou como o estudo de comunidades de organismos (sinecologia).
A auto-ecologia, ou estudo clássico da ecologia, é experimental e indutiva. Por estar normalmente interessada no relacionamento de um organismo com uma ou mais variáveis, é facilmente quantificável e útil nas pesquisas de campo e de laboratório. Algumas de suas técnicas são tomadas de empréstimo da química, da física e da fisiologia. A auto-ecologia contribuiu com pelo menos dois importantes conceitos: a constância da interação entre um organismo e seu ambiente, e a adaptabilidade genética de populações às condições ambientais do local onde vivem.
A sinecologia é filosófica e dedutiva. Largamente descritiva, não é facilmente quantificável e contém uma terminologia muito vasta. Apenas recentemente, com o advento da era eletrônica e atômica, a sinecologia desenvolveu os instrumentos para estudar sistemas complexos e dar início a sua fase experimental. Os conceitos importantes desenvolvidos pela sinecologia são aqueles ligados ao ciclo de nutrientes, reservas energéticas, e desenvolvimento dos ecossistemas. A sinecologia tem ligações estreitas com a pedologia, a geologia, a meteorologia e a antropologia cultural.
A sinecologia pode ser subdividida de acordo com os tipos de ambiente, como terrestre ou aquático. A ecologia terrestre, que contém subdivisões para o estudo de florestas e desertos, por exemplo, abrange aspectos dos ecossistemas terrestres como microclimas, química dos solos, fauna dos solos, ciclos hidrológicos, ecogenética e produtividade.
Os ecossistemas terrestres são mais influenciados por organismos e sujeitos a flutuações ambientais muito mais amplas do que os ecossistemas aquáticos. Esses últimos são mais afetados pelas condições da água e possuem resistência a variáveis ambientais como temperatura. Por ser o ambiente físico tão importante no controle dos ecossistemas aquáticos, dá-se muita atenção às características físicas do ecossistema como as correntes e a composição química da água. Por convenção, a ecologia aquática, denominada limnologia, limita-se à ecologia de cursos d'água, que estuda a vida em águas correntes, e à ecologia dos lagos, que se detém sobre a vida em águas relativamente estáveis. A vida em mar aberto e estuários é objeto da ecologia marinha.
Outras abordagens ecológicas se concentram em áreas especializadas. O estudo da distribuição geográfica das plantas e animais denomina-se geografia ecológica animal e vegetal. Crescimento populacional, mortalidade, natalidade, competição e relação predador-presa são abordados na ecologia populacional. O estudo da genética e a ecologia das raças locais e espécies distintas é a ecologia genética. As reações comportamentais dos animais a seu ambiente, e as interações sociais que afetam a dinâmica das populações são estudadas pela ecologia comportamental. As investigações de interações entre o meio ambiente físico e o organismo se incluem na ecoclimatologia e na ecologia fisiológica.
A parte da ecologia que analisa e estuda a estrutura e a função dos ecossistemas pelo uso da matemática aplicada, modelos matemáticos e análise de sistemas é a ecologia dos sistemas. A análise de dados e resultados, feita pela ecologia dos sistemas, incentivou o rápido desenvolvimento da ecologia aplicada, que se ocupa da aplicação de princípios ecológicos ao manejo dos recursos naturais, produção agrícola, e problemas de poluição ambiental.
Coleção Ativa
Coleção de acessos que é rotineiramente usada para propósitos de pesquisa, caracterização, avaliação e utilização de materiais. A coleção ativa é multiplicada de acordo com a demanda pelo germoplasma por parte de pesquisadores, como melhoristas, e regenerada periodicamente. O caráter dinâmico da coleção ativa é indicado pelo fato de que acessos entram e saem de seu inventário, conforme decisões gerenciais. No caso de eliminação de acessos, estes podem (ou não) vir a integrar a coleção base, que é maior em escopo que a coleção ativa. A coleção ativa, geralmente, funciona em dois ciclos: plantas vivas crescendo no campo e sementes armazenadas para regeneração ou multiplicação de materiais. A coleção ativa deve corresponder a um subconjunto da coleção base.
Clímax
Última comunidade ou estágio em que termina uma sucessão vegetal (isto é, que se reproduz e não dá lugar a outra comunidade). O clímax está em equilíbrio com o ambiente, enquanto o clima permanece mais ou menos igual e as forças geológicas não mudam o substrato apreciavelmente. Há vários tipos, entre os quais: clímax edáfico, clímax climático e disclímax. (2) Em ecologia é o estágio final da sucessão de uma comunidade vegetal, em certa área, atingida sob determinadas condições ambientais, especialmente as climáticas e pedológicas, na qual a composição das espécies e a estrutura das comunidades bióticas são consideradas estáveis, embora a longo prazo, a evolução e as alterações dos processos ecológicos naturais possam vir a causar mudanças. No clímax ocorre um relativo equilíbrio metabólico entre produção primária e respiração. É o estágio final da sucessão. As diferentes etapas evolutivas de uma sucessão variam de acordo com o início da mesma, mas terminam sempre numa etapa de equilíbrio a que se dá o nome de clímax (MARTINS, 1978). (3) Quando o conjunto de seres vivos de um ecossistema estável encontra-se em equilíbrio com o meio (MARGALEF, 1980). (4) Fase final de sucessão de um ecossistema em que as comunidades de animais e plantas permanecem em estado relativo de autoperpetuação. (5) Biocenose estável, em equilíbrio com o meio; última etapa no processo de sucessão.
Cinturão Verde
Faixa de terra, usualmente de alguns quilômetros, no entorno de áreas urbanas, preservada substancialmente como espaço aberto. Seu objetivo é prevenir expansão excessiva das cidades e processos de conturbação, trazendo ar fresco e espaço rural não degradado para o mais perto possível dos moradores das cidades. (2) Área de extensão, nos arredores de zonas urbanas, preservada essencialmente como espaço aberto, cuja finalidade é evitar o crescimento desordenado e excessivo das cidades.
Coalescência
As gotículas maiores, tendo maior velocidade de queda em relação às outras, colidem com as menores que estão em seu caminho. Em linguagem informal, as gotículas maiores "atropelam" as menores, ocorrendo o que se pode chamar de coalescência. As gotículas de nuvem, através do processo de colisão e coalescência, crescem até atingir o tamanho de gotas. Ao deixar a base da nuvem, essas gotas são chamadas de gotas de chuva e iniciam sua queda em direção à superfície.
Fusos Horários
Cada uma das 24 faixas situadas entre os meridianos da Terra, dentro das quais a hora, por convenção, é a mesma. Estão distribuídas em intervalos de aproximadamente 15º, que corresponde ao ângulo que a Terra gira em uma hora. Conforme se passa de um fuso a outro, deve-se aumentar (a leste) ou diminuir (a oeste) uma hora no relógio. Os minutos e os segundos continuam os mesmos.
Antes da divisão da Terra em fusos, a Europa possuía 27 horas diferentes (hoje são três) e a América, 74 (hoje, cinco). Isso acontecia porque, como o principal referencial para a contagem do tempo é a posição do Sol, qualquer ponto do planeta poderia considerar como meio-dia o instante em que o sol está a pino. Muitas regiões próximas tinham horas diferentes, o que dificultava as comunicações entre os países.
Para resolver o problema, na Conferência de Roma (Itália), em 1883, optou-se por dividir a circunferência da Terra (de 360°) em 24 fusos horários de 15°. Toda a região situada dentro de um fuso passou a ter uma única hora. No ano seguinte, na Conferência de Washington (EUA), 27 nações adotaram o meridiano de Greenwich como ponto zero, já que a maior parte das cartas geográficas da época, que eram inglesas, usava esse meridiano. No decorrer do tempo, outros países começaram a seguir essa divisão. Atualmente, em todo o mundo, é a partir dele que as horas são contadas.
Hora legal
Com base na sua localização e nas suas peculiaridades, cada nação institui uma (ou mais) hora legal, que nem sempre corresponde exatamente ao fuso em que está situado. Se o país for muito vasto, estabelece mais de uma hora legal. A Federação Russa, por exemplo, possui doze horas diferentes. O Canadá tem oito, os EUA, seis, e o Brasil, quatro.
Linha Internacional da Data
Linha que acompanha o antimeridiano de Greenwich (180º), atravessando o oceano Pacífico. Por convenção internacional, esse meridiano determina a mudança de data civil em todo o planeta. Ao ultrapassar essa linha, exatamente no ponto em que ela se localiza, tem-se de alterar a data para o dia anterior (a leste) ou seguinte (a oeste) à partida. A hora, no entanto, é a mesma nas duas zonas. É o que acontece no Kiribati, uma pequena nação formada por diversas ilhas no oceano Pacífico, cujo território é dividido pela Linha Internacional da Data. Enquanto no leste do país seus habitantes aproveitam o domingo, na capital, Bairiki, já é segunda-feira.
Antes da divisão da Terra em fusos, a Europa possuía 27 horas diferentes (hoje são três) e a América, 74 (hoje, cinco). Isso acontecia porque, como o principal referencial para a contagem do tempo é a posição do Sol, qualquer ponto do planeta poderia considerar como meio-dia o instante em que o sol está a pino. Muitas regiões próximas tinham horas diferentes, o que dificultava as comunicações entre os países.
Para resolver o problema, na Conferência de Roma (Itália), em 1883, optou-se por dividir a circunferência da Terra (de 360°) em 24 fusos horários de 15°. Toda a região situada dentro de um fuso passou a ter uma única hora. No ano seguinte, na Conferência de Washington (EUA), 27 nações adotaram o meridiano de Greenwich como ponto zero, já que a maior parte das cartas geográficas da época, que eram inglesas, usava esse meridiano. No decorrer do tempo, outros países começaram a seguir essa divisão. Atualmente, em todo o mundo, é a partir dele que as horas são contadas.
Hora legal
Com base na sua localização e nas suas peculiaridades, cada nação institui uma (ou mais) hora legal, que nem sempre corresponde exatamente ao fuso em que está situado. Se o país for muito vasto, estabelece mais de uma hora legal. A Federação Russa, por exemplo, possui doze horas diferentes. O Canadá tem oito, os EUA, seis, e o Brasil, quatro.
Linha Internacional da Data
Linha que acompanha o antimeridiano de Greenwich (180º), atravessando o oceano Pacífico. Por convenção internacional, esse meridiano determina a mudança de data civil em todo o planeta. Ao ultrapassar essa linha, exatamente no ponto em que ela se localiza, tem-se de alterar a data para o dia anterior (a leste) ou seguinte (a oeste) à partida. A hora, no entanto, é a mesma nas duas zonas. É o que acontece no Kiribati, uma pequena nação formada por diversas ilhas no oceano Pacífico, cujo território é dividido pela Linha Internacional da Data. Enquanto no leste do país seus habitantes aproveitam o domingo, na capital, Bairiki, já é segunda-feira.
Regeneração Ecológica
Regeneração em ecologia é um processo de recomposição de uma forma de
vegetação, anteriormente eliminada de uma determinada área.
Durante
a regeneração da vegetação de uma determinada área, com pouca ou
nenhuma diversidade presente, diferentes tipos de formações vegetais vão
de sucedendo, até o restabelecimento da vegetação nativa. Esta pode ser
uma floresta, uma savana, uma pradaria, ou qualquer outra forma de
vegetação.
A regeneração pode ser natural ou
artificial. É natural quando ocorre apenas pela ação da fauna e do banco
de semente autóctone. A regeneração artificial, ocorre com a
interferência humana, com o plantio de mudas e sementes, e outros
processos que aceleram a regeneração.
Em ecologia, chama-se produtividade duma espécie, população ou ecossistema, à quantidade de matéria orgânica produzida por essa entidade num determinado período (geralmente um ano).
Produtividade primária
A produtividade primária pode ser definida em ecologia como o rendimento da conversão da energia radiante em substâncias orgânicas. Isto é, a produção primária designa a quantidade de matéria orgânica que é produzida pelos organismos autotróficos a partir da energia solar (organismos fotossintéticos) ou da energia química (quimiossintéticos).
A produção primária bruta designa a razão a que a energia solar é convertida em energia potencial de biomassa;
A produção primária liquida designa a taxa de armazenamento da matéria orgânica nos tecidos
Resumindo, a produção primária líquida seria o que realmente restou do que o organismo produziu, já que, com a respiração, tal organismo perde parte da produção.
Produtividade secundária
Por sua vez, a produtividade secundária refere-se à quantidade de matéria orgânica produzida pelos consumidores primários ou herbívoros.
www.megatimes.com.br
www.geografiatotal.com.br
A produtividade primária pode ser definida em ecologia como o rendimento da conversão da energia radiante em substâncias orgânicas. Isto é, a produção primária designa a quantidade de matéria orgânica que é produzida pelos organismos autotróficos a partir da energia solar (organismos fotossintéticos) ou da energia química (quimiossintéticos).
A produção primária bruta designa a razão a que a energia solar é convertida em energia potencial de biomassa;
A produção primária liquida designa a taxa de armazenamento da matéria orgânica nos tecidos
Resumindo, a produção primária líquida seria o que realmente restou do que o organismo produziu, já que, com a respiração, tal organismo perde parte da produção.
Produtividade secundária
Por sua vez, a produtividade secundária refere-se à quantidade de matéria orgânica produzida pelos consumidores primários ou herbívoros.
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