Dia Mundial do Meio Ambiente
O
Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 5 de junho. Neste dia é um momento para lembrar que a natureza deve ser conservada todos os dias do
ano e que cuidar do meio ambiente é dever de todos: poder público,
cidadãos e empresas. Atualmente, cerca de 20% de todo o território
nacional está protegido por Unidades de Conservação (UC) federais,
estaduais e municipais. Unidades de conservação ambiental ocupam 20% do Brasil 64% dos animais classificados em alguma categoria de risco vivem nessas unidade
“Se
somarmos esse quantitativo às terras indígenas e outras formas de uso
coletivo do território, como os quilombolas e assentamentos sustentáveis
na Amazônia, lugares onde não é permitido desmatar, teremos uma área
ainda maior de proteção ambiental”, disse o presidente do Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto
Vizentin.
As Unidades de Conservação Federais geridas pelo ICMBio,
espalhadas em todos os biomas brasileiros – Amazônia, Caatinga,
Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Marinho –, exercem papel
fundamental na preservação de áreas que abrigam nascentes, rios
importantes e espécies ameaçadas de extinção. Ao todo, 64% dos animais
classificados em alguma categoria de risco vivem em uma dessas UC e são
preservados em seus habitats.
Criadas
para proteger a natureza, essas áreas também garantem às populações
tradicionais o uso sustentável dos recursos naturais, desenvolvendo
atividades econômicas dentro e no entorno delas. “O apoio da opinião
pública e da sociedade também são fundamentais para que o Estado
continue investindo recursos para esta finalidade. Sem um envolvimento
correto com a natureza, não há futuro nem para a economia nem para a
espécie humana. Precisamos restabelecer essa relação com o meio
ambiente”, apontou Vizentin.
Gestão da vida
O
Brasil é responsável pela gestão da maior biodiversidade do mundo. São
mais de 100 mil espécies de invertebrados e aproximadamente 8,2 mil
espécies de vertebrados. Deste total, 627 estão listadas como ameaçadas
de extinção.
Para
proteger a fauna brasileira, o ICMBio trabalha em três linhas:
avaliação do risco de extinção das espécies; identificação de cenários
de perda da biodiversidade e definição e implementação de Planos de
Ações Nacionais, que mostram o que deve ser feito para conservar as
espécies ameaçadas.
De
acordo com o presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, os próximos passos
do ICMBio para ampliar a conservação da biodiversidade brasileira são
criar novas UC em áreas críticas e fazer uma gestão mais integrada com
as unidades que já existem.
O
ICMBio possui 15 centros de pesquisa e conservação. Neles, estão
ambientalistas e pesquisadores que fazem estudos, com análises técnicas
de dados, para criar estratégias de conservação da biodiversidade e da
sociobiodiversidade associada a povos e comunidades tradicionais. Os
centros também executam ações de manejo para recuperação dos animais
presentes nas listas oficiais nacionais de espécies ameaçadas de
extinção.
*Com reportagem de Gustavo Frasão, do ICMBio