Agricultura Urbana
A agricultura urbana é uma tendência e surgiu nas ultimas décadas nas cidades de porte médio e pequenas da Europa e consiste em produzir alimentos nos espaços de cidades ou metrópole, cultivando, produzindo, criando, processando e distribuindo uma diversidade de produtos alimentares e não alimentares, utilizando os recursos humanos e materiais, produtos e serviços encontrados dentro ou em redor da área urbana. Essa modalidade agrícola tornou-se necessário diante do cenário de degradação ambiental nas regiões em torno dos centros urbanos e nas regiões habitadas em si. A partir da segunda metade do século XIX em todo o mundo, principalmente em áreas tão essenciais e necessárias à sobrevivência humana como as florestas, a degradação ambiental agravou-se em grandes proporções, surgindo, a partir daí, a necessidade de preservar áreas essenciais à biodiversidade. Na agricultura urbana é importante considerar modos de uso alternativos da terra, porque os modelos atuais demonstram claramente sua insustentabilidade. Originalmente mais de 83% da área geográfica do Brasil era recoberta por florestas, no entanto, o intenso processo de ocupação a partir do litoral conduzido pela expansão da agricultura do sistema de monocultura.
Do ponto de vista da sustentabilidade, que se refere à habilidade de manter o meio ambiente e a produção em condições de equilíbrio por um determinado prazo. Hoje em dia, este conceito vem sendo transformado em um princípio, segundo o qual “o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras”, o que requer a vinculação da sustentabilidade a longo prazo. Assim, esta palavra “sustentabilidade”, ou este conceito, vem sendo largamente utilizado atualmente em diversos meios de comunicação, tem em seu significado um peso muito grande, pois pode envolver diversos ramos da vida, podendo se referir desde a conservação de ecossistemas inteiros, incluindo meios bióticos e abióticos, de modo a mantê-los intocados. O conceito também relaciona-se à sustentabilidade da vida humana no planeta, atentando então para aprimoramento dos processos de obtenção de energia, matérias-primas em geral e principalmente alimentos.
Como Segurança Alimentar entende-se “Garantia do direito de todos ao acesso a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente, com base em práticas alimentares saudáveis e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais nem o sistema alimentar futuro, devendo se realizar em bases sustentáveis. Todo o País deve ser soberano para assegurar sua segurança alimentar, respeitando as características culturais de cada povo, manifestadas no ato de se alimentar. É responsabilidade dos Estados Nacionais assegurar este direito e devem fazê-lo em obrigatória articulação com a sociedade civil, cada parte cumprindo suas atribuições específicas”.
Com o desenvolvimento das Ciências Ambientais, os responsáveis por planejamento e desenvolvimento espacial de cidades começaram a enfatizar a importância das relações entre o homem e a natura no ambiente urbano, e consequentemente, a importância dos quintais ou jardins, pois estes estão se tornando cada vez mais raros em metrópoles, apesar de serem, para um número crescente de comerciantes e consumidores, o contato mais imediato e facilitado com algo natural em seu cotidiano.
Hortas Urbanas, da Terra aos Telhados
Uma tendência mundial, as hortas urbanas – em rios, paredes e tetos – estão aproximando as cidades das plantações.
Vai ser difícil comer em 2050. Seremos 9 bilhões de pessoas lutando por pastos e fazendas que não
conseguem alimentar direito nem 7 bilhões, nossa população hoje. A resolução para este problema é simples:
aproximar a fonte da comida dos compradores e utilizar novos espaços para plantar.
Um grupo de agricultores de São Paulo aceitou este desafio. Cláudia Visoni faz parte do time, que está
começando a mudar o jeito que os paulistanos lidam com a comida. A iniciativa é nova: começou no meio deste
ano, com uma pequena horta no bairro da Vila Madalena. Mas já cresceu para outra plantação, localizada na
Avenida Paulista. Para Cláudia, “plantar no espaço urbano significa eliminar a embalagem e o transporte, duas
coisas que causam enorme impacto ambiental.”
As iniciativas, humildes em tamanho, mas carregadas de significado, reproduzem uma tendência mundial,
muito bem representada pela cidade de Nova York. A metrópole mais movimentada do mundo chegou ao ponto
de ter empresas que investem nas plantações urbanas e orgânicas. A Bright Farms teve a sacada de plantar perto
de supermercados, ajudando a diminuir o caminho percorrido pela comida e economizando o dinheiro dos
administradores. Outras duas, a Brooklyn Grange e a Gotham Green, vivem de hortas e estufas espalhadas pelo
topo dos prédios do Brooklyn. E a coisa está crescendo: a Brooklyn Grange, que possuía 4 km2 de hortas, inaugurou
no começo deste ano outro espaço verde, com 6 km2. Enquanto a Bright Farms deve inaugurar a maior horta
urbana do mundo no ano que vem, com nada menos que 9 km2 de produção verde.
Acha impressionante? O mexicano Fernando Ortiz acha que é pouco. “Quando converso com meus amigos
que plantam nos tetos de Nova York, sempre provoco: eu tenho quatro vezes mais trabalho do que vocês.” E é
verdade: o arquiteto acredita que os tetos não são suficientes e que devemos plantar também nas paredes. É isso
que ele faz na Cidade do México. “Nova York consegue solucionar parte do problema, mas, para realmente
transformar o cenário, precisamos usar todas as superfícies. E não apenas as exteriores, mas também as paredes
de dentro, das salas, dos banheiros.” (Superinteressante, dezembro de 2012.)
Primeiro ônibus com sistema de telhado verde circula em Nova York
A natureza não está muito presentes nas grandes cidades. A maioria dos centros urbanos é repleta de concretos, ferro e asfalto. Para dar um toque diferente a essa realidade, o designer Marco Antonio Cosio criou o Bus Roots, que têm um verdadeiro “jardim em seu telhado”.
Cidades como Nova York, por exemplo, não possuem mais espaço para o crescimento de áreas verdes. O Bus Roots nasceu com o objetivo de ser a solução para esse problema, além de ajudar a diminuir as ilhas de calor, trazer a natureza às cidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
O intuito do designer é conseguir plantar, em média, 15 hectares de plantas em 4500 ônibus de Nova York, EUA. A área ocupada pelos jardins seria equivalente a quatro Bryant Parks localizado na mesma cidade.
A ideia surgiu para uma competição conhecida como DesignWala Grand Idea Competition e conquistou o segundo lugar na premiação. O projeto objetiva conectar novamente as comunidades urbanas à natureza, e melhorar a qualidade do ambiente ao redor. O Bus Roots possui efeito estético, isolação térmica e acústica, absorção de CO2, restauro do habitat, educação pública e recreação, entre outras coisas. A criação é um projeto público e divertido, que levanta questões como: agricultura urbana e nômade, remediação ambiental, novos modelos de vida e educação, padrões de migração e transporte.
O primeiro protótipo, testado em Nova York, foi instalado no teto do Biobus, que é pioneiro no uso de um sistema de telhado verde na metrópole americana.
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www.klimanaturali.org
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