Bioma Mata Atlântica, Paisagens e Ecossistemas da Mata Atlântica
Mata Atlântica
A mata Atlântica é o segundo bioma mais ameaçado de extinção do Planeta; só as florestas de madagascar estão mais ameaçadas. Apesar disso, ela mantém índices altíssimos de biodiversidade (um dos maiores do mundo), que a classifica como um hotspot, ou seja, um lugar onde existe uma grande riqueza de diversidade biológica e ao mesmo tempo sofre uma grande ameaça. 73% da população brasileira vive no Bioma Mata Atlântica, lugar de enorme riqueza de biodiversidade e um dos mais ameaçados do Planeta
A mata Atlântica é considerada Patrimônio nacional pela Constituição Federal e abrange total ou parcialmente 17 estados brasileiros e mais de 3 mil municípios. no nordeste, abrange também os encraves florestais e brejos interioranos, no Sudeste alcança parte dos territórios de Goiás e mato grosso do Sul e no Sul estende-se pelo interior, alcançando inclusive parte dos territórios da Argentina e Paraguai.
Quando os primeiros europeus chegaram ao Brasil, em 1500, a mata Atlântica cobria 15% do território brasileiro, área equivalente a 1.306.421 km2. Atualmente existem variações com relação ao número de remanescentes de um estado para outro. o índice geral ainda utilizado atualmente é o de 1995, aferido em um levantamento feito pela Fundação SoS mata Atlântica, instituto Socioambiental, instituto nacional de Pesquisas espaciais e Sociedade nordestina de ecologia, que aponta que no Brasil há apenas 7,84% de remanescentes da mata Atlântica, com cerca de 102.000 km2.
Os novos levantamentos que estão sendo realizados pelo governo federal devem mudar um pouco esse panorama, números parciais indicam um percentual em torno de 20%, quando se leva em conta os estágios médios de regeneração da floresta. isso aponta para a capacidade da que na mata Atlântica esse índice mal chega a 3%.
Mesmo reduzido e muito fragmentado, o bioma mata Atlântica ainda é um dos mais ricos do mundo em diversidade de plantas e animais. Considerando-se apenas o grupo das angiospermas (vegetais que apresentam suas sementes protegidas dentro de frutos), acredita-se que o Brasil possua entre 55.000 e 60.000 espécies, ou seja, de 22% a 24% do total que se estima existir no mundo. Desse total, as projeções indicam que a mata Atlântica tenha cerca de 20.000 espécies, ou seja, entre 33% e 36% das existentes mata Atlântica de se regenerar. no entanto, não muda a situação crítica em que se encontram os estágios avançados e primários da floresta, que são exatamente os mais bem conservados. os próprios dados recentemente divulgados pela Fundação SOS mata Atlântica, para oito estados, apontam que o ritmo de desmatamento diminuiu em alguns estados e que já temos algum sinal de vida para comemorar. entretanto, estados como Santa Catarina, que foi o campeão de desmatamento nesse novo levantamento, no País, 8 mil delas são endêmicas. É a floresta mais rica do mundo em diversidade de árvores. no sul da Bahia, foram identificadas 454 espécies distintas em um só hectare.
Várias espécies endêmicas são frutas conhecidas, como é o caso da jabuticaba, que cresce grudada ao tronco e aos galhos da jabuticabeira (Myrciaria trunciflora), daí seu nome iapoti-kaba, que significa frutas em botão em tupi. outras frutas típicas da mata Atlântica são a goiaba, o araçá, a pitanga, o caju e as menos conhecidas cambuci, cambucá, cabeludinha e uvaia. outra espécie endêmica do Bioma é a erva-mate, matéria-prima do chimarrão, bebida bastante popular na região Sul.
Muitas dessas espécies, porém, estão ameaçadas de extinção. Começando pelo pau-brasil, espécie cujo nome batizou o País, várias espécies foram consumidas à exaustão ou simplesmente eliminadas para limpar terreno para culturas e criação de gado. Atualmente, além do desmatamento, outros fatores concorrem para o desaparecimento de espécies vegetais, como o comércio ilegal. Um exemplo é o palmito-juçara (Euterpe edulis), espécie típica da mata Atlântica, cuja exploração intensa a partir da década de 1970 quase levou à extinção. Apesar da retirada sem a realização e aprovação de plano de manejo ser proibida por lei, a exploração clandestina continua forte no País. orquídeas e bromélias também são extraídas para serem vendidas e utilizadas em decoração. Plantas medicinais são retiradas sem qualquer critério de garantia de sustentabilidade.
Em um bioma onde as espécies estão muito entrelaçadas em uma rede complexa de interdependência, o desaparecimento de uma planta ou animal compromete as condições de vida de várias outras espécies. Um exemplo é o jatobá (Hymenaea courbarail). A dispersão de suas sementes depende que seu fruto seja consumido por roedores médios e grandes capazes de romper a sua casca. Como as populações desses roedores estão diminuindo muito, os frutos apodrecem no chão sem permitir a germinação das sementes. Com isso, já são raros os indivíduos jovens da espécie. À medida em que os adultos forem morrendo, faltará alimentos para os morcegos, que se alimentam do néctar das flores de jatobá.
Estima-se que no Bioma existam 1,6 milhão de espécies de animais, incluindo os insetos. Algumas espécies possuem ampla distribuição, podendo ser encontradas em outras regiões, como são os casos da onça-pintada, onça-parda, gatos-do-mato, anta, cateto, queixada, alguns papagaios, corujas, gaviões e muitos outros. o que mais impressiona, no entanto, é a enorme quantidade de espécies endêmicas, ou seja, que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do Planeta. estão catalogadas 270 espécies de mamíferos, das quais 73 são endêmicas, entre elas 21 espécies e subespécies de primatas. no total, a mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 de répteis e cerca de 350 espécies de peixes.
Mas essa grande biodiversidade não faz com que a situação deixe de ser extremamente grave. A lista das espécies ameaçadas de extinção, publicada pelo Ibama em 1989, já trazia dados impressionantes: Das 202 espécies de animais consideradas oficialmente ameaçadas de extinção no Brasil, 171 eram da mata Atlântica. A nova lista, publicada pelo ministério do meio Ambiente em maio de 2003, traz dados ainda mais alarmantes: o total de espécies ameaçadas, incluindo peixes e invertebrados aquáticos, subiu para 633, sendo que sete constam como extintas na natureza.
Segundo levantamento da Conservação internacional, a maior parte das espécies da nova lista publicada pelo ministério do meio Ambiente habita a mata Atlântica. Do total de 265 espécies de vertebrados ameaçados, 185 ocorrem nesse bioma (69,8%), sendo 100 (37,7%) deles endêmicos. Das 160 aves da relação, 118 (73,7%) ocorrem nesse Bioma, sendo 49 endêmicas. entre os anfíbios, as 16 espécies indicadas como ameaçadas são consideradas endêmicas da mata Atlântica. Das 69 espécies de mamíferos ameaçados, 38 ocorrem nesse bioma (55%), sendo 25 endêmicas, como o tamanduá- bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o muriqui, também conhecido como mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides), o maior primata do continente americano e o maior mamífero endêmico do território brasileiro.
Além da perda de habitat, as espécies da mata Atlântica são grandes vítimas do tráfico de animais, comércio ilegal que movimenta 10 bilhões de dólares no Brasil. Segundo as estimativas, em cada 10 animais traficados, apenas um resiste às pressões da captura e cativeiro. existe ainda o problema de espécies que“invadem”regiões de onde não são nativas, prejudicando as espécies locais, seja pela destruição de seu próprio habitat, seja por solturas mal feitas de animais apreendidos. Um exemplo aconteceu no Parque estadual da ilha Anchieta, em São Paulo, onde foram soltas, pelo governo, em 1983, várias espécies de animais, entre elas 8 cutias e 5 mico- estrelas – sagui natural de minas gerais. Sem predadores e com alimento abundante, essas espécies se multiplicaram livremente e hoje contam com populações de 1.160 e 654 indivíduos, respectivamente. Como consequência, cerca de 100 espécies de aves, cujos ninhos são predados por esses animais, foram extintas na ilha.
A conservação da mata Atlântica é importantíssima para cerca de 120 milhões de pessoas que vivem na região, 70% da população brasileira. A qualidade de vida desse contingente populacional depende dos serviços ambientais prestados pelos remanescentes, na proteção e manutenção de nascentes e fontes que abastecem as cidades e comunidades do interior, na regulação do clima, da temperatura, da umidade e das chuvas. os remanescentes de vegetação nativa também asseguram a fertilidade do solo e protegem escarpas e encostas de morros dos processos erosivos.
A mata Atlântica é considerada Patrimônio nacional pela Constituição Federal e abrange total ou parcialmente 17 estados brasileiros e mais de 3 mil municípios. no nordeste, abrange também os encraves florestais e brejos interioranos, no Sudeste alcança parte dos territórios de Goiás e mato grosso do Sul e no Sul estende-se pelo interior, alcançando inclusive parte dos territórios da Argentina e Paraguai.
Quando os primeiros europeus chegaram ao Brasil, em 1500, a mata Atlântica cobria 15% do território brasileiro, área equivalente a 1.306.421 km2. Atualmente existem variações com relação ao número de remanescentes de um estado para outro. o índice geral ainda utilizado atualmente é o de 1995, aferido em um levantamento feito pela Fundação SoS mata Atlântica, instituto Socioambiental, instituto nacional de Pesquisas espaciais e Sociedade nordestina de ecologia, que aponta que no Brasil há apenas 7,84% de remanescentes da mata Atlântica, com cerca de 102.000 km2.
Os novos levantamentos que estão sendo realizados pelo governo federal devem mudar um pouco esse panorama, números parciais indicam um percentual em torno de 20%, quando se leva em conta os estágios médios de regeneração da floresta. isso aponta para a capacidade da que na mata Atlântica esse índice mal chega a 3%.
Mesmo reduzido e muito fragmentado, o bioma mata Atlântica ainda é um dos mais ricos do mundo em diversidade de plantas e animais. Considerando-se apenas o grupo das angiospermas (vegetais que apresentam suas sementes protegidas dentro de frutos), acredita-se que o Brasil possua entre 55.000 e 60.000 espécies, ou seja, de 22% a 24% do total que se estima existir no mundo. Desse total, as projeções indicam que a mata Atlântica tenha cerca de 20.000 espécies, ou seja, entre 33% e 36% das existentes mata Atlântica de se regenerar. no entanto, não muda a situação crítica em que se encontram os estágios avançados e primários da floresta, que são exatamente os mais bem conservados. os próprios dados recentemente divulgados pela Fundação SOS mata Atlântica, para oito estados, apontam que o ritmo de desmatamento diminuiu em alguns estados e que já temos algum sinal de vida para comemorar. entretanto, estados como Santa Catarina, que foi o campeão de desmatamento nesse novo levantamento, no País, 8 mil delas são endêmicas. É a floresta mais rica do mundo em diversidade de árvores. no sul da Bahia, foram identificadas 454 espécies distintas em um só hectare.
Várias espécies endêmicas são frutas conhecidas, como é o caso da jabuticaba, que cresce grudada ao tronco e aos galhos da jabuticabeira (Myrciaria trunciflora), daí seu nome iapoti-kaba, que significa frutas em botão em tupi. outras frutas típicas da mata Atlântica são a goiaba, o araçá, a pitanga, o caju e as menos conhecidas cambuci, cambucá, cabeludinha e uvaia. outra espécie endêmica do Bioma é a erva-mate, matéria-prima do chimarrão, bebida bastante popular na região Sul.
Muitas dessas espécies, porém, estão ameaçadas de extinção. Começando pelo pau-brasil, espécie cujo nome batizou o País, várias espécies foram consumidas à exaustão ou simplesmente eliminadas para limpar terreno para culturas e criação de gado. Atualmente, além do desmatamento, outros fatores concorrem para o desaparecimento de espécies vegetais, como o comércio ilegal. Um exemplo é o palmito-juçara (Euterpe edulis), espécie típica da mata Atlântica, cuja exploração intensa a partir da década de 1970 quase levou à extinção. Apesar da retirada sem a realização e aprovação de plano de manejo ser proibida por lei, a exploração clandestina continua forte no País. orquídeas e bromélias também são extraídas para serem vendidas e utilizadas em decoração. Plantas medicinais são retiradas sem qualquer critério de garantia de sustentabilidade.
Em um bioma onde as espécies estão muito entrelaçadas em uma rede complexa de interdependência, o desaparecimento de uma planta ou animal compromete as condições de vida de várias outras espécies. Um exemplo é o jatobá (Hymenaea courbarail). A dispersão de suas sementes depende que seu fruto seja consumido por roedores médios e grandes capazes de romper a sua casca. Como as populações desses roedores estão diminuindo muito, os frutos apodrecem no chão sem permitir a germinação das sementes. Com isso, já são raros os indivíduos jovens da espécie. À medida em que os adultos forem morrendo, faltará alimentos para os morcegos, que se alimentam do néctar das flores de jatobá.
Estima-se que no Bioma existam 1,6 milhão de espécies de animais, incluindo os insetos. Algumas espécies possuem ampla distribuição, podendo ser encontradas em outras regiões, como são os casos da onça-pintada, onça-parda, gatos-do-mato, anta, cateto, queixada, alguns papagaios, corujas, gaviões e muitos outros. o que mais impressiona, no entanto, é a enorme quantidade de espécies endêmicas, ou seja, que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do Planeta. estão catalogadas 270 espécies de mamíferos, das quais 73 são endêmicas, entre elas 21 espécies e subespécies de primatas. no total, a mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 de répteis e cerca de 350 espécies de peixes.
Mas essa grande biodiversidade não faz com que a situação deixe de ser extremamente grave. A lista das espécies ameaçadas de extinção, publicada pelo Ibama em 1989, já trazia dados impressionantes: Das 202 espécies de animais consideradas oficialmente ameaçadas de extinção no Brasil, 171 eram da mata Atlântica. A nova lista, publicada pelo ministério do meio Ambiente em maio de 2003, traz dados ainda mais alarmantes: o total de espécies ameaçadas, incluindo peixes e invertebrados aquáticos, subiu para 633, sendo que sete constam como extintas na natureza.
Segundo levantamento da Conservação internacional, a maior parte das espécies da nova lista publicada pelo ministério do meio Ambiente habita a mata Atlântica. Do total de 265 espécies de vertebrados ameaçados, 185 ocorrem nesse bioma (69,8%), sendo 100 (37,7%) deles endêmicos. Das 160 aves da relação, 118 (73,7%) ocorrem nesse Bioma, sendo 49 endêmicas. entre os anfíbios, as 16 espécies indicadas como ameaçadas são consideradas endêmicas da mata Atlântica. Das 69 espécies de mamíferos ameaçados, 38 ocorrem nesse bioma (55%), sendo 25 endêmicas, como o tamanduá- bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o muriqui, também conhecido como mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides), o maior primata do continente americano e o maior mamífero endêmico do território brasileiro.
Além da perda de habitat, as espécies da mata Atlântica são grandes vítimas do tráfico de animais, comércio ilegal que movimenta 10 bilhões de dólares no Brasil. Segundo as estimativas, em cada 10 animais traficados, apenas um resiste às pressões da captura e cativeiro. existe ainda o problema de espécies que“invadem”regiões de onde não são nativas, prejudicando as espécies locais, seja pela destruição de seu próprio habitat, seja por solturas mal feitas de animais apreendidos. Um exemplo aconteceu no Parque estadual da ilha Anchieta, em São Paulo, onde foram soltas, pelo governo, em 1983, várias espécies de animais, entre elas 8 cutias e 5 mico- estrelas – sagui natural de minas gerais. Sem predadores e com alimento abundante, essas espécies se multiplicaram livremente e hoje contam com populações de 1.160 e 654 indivíduos, respectivamente. Como consequência, cerca de 100 espécies de aves, cujos ninhos são predados por esses animais, foram extintas na ilha.
A conservação da mata Atlântica é importantíssima para cerca de 120 milhões de pessoas que vivem na região, 70% da população brasileira. A qualidade de vida desse contingente populacional depende dos serviços ambientais prestados pelos remanescentes, na proteção e manutenção de nascentes e fontes que abastecem as cidades e comunidades do interior, na regulação do clima, da temperatura, da umidade e das chuvas. os remanescentes de vegetação nativa também asseguram a fertilidade do solo e protegem escarpas e encostas de morros dos processos erosivos.
Proteção em terras privadas
Uma grande parcela do que resta de mata Atlântica está na mão de proprietários particulares, por isso é tão essencial incentivar entre eles mecanismos de proteção destes remanescentes florestais. A principal ferramenta que se tem em mãos atualmente é chamada reserva Particular do Patrimônio natural (rPPn).
A rPPn é uma categoria de área protegida prevista na legislação ambiental brasileira (lei 9.985/2000, do Sistema nacional de Unidades de Conservação – Snuc). ela é criada por iniciativa e decisão do proprietário. É reconhecida pelos órgãos ambientais (ibama, os estados mato grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, minas gerais, espírito Santo, Bahia, Alagoas e Ceará e alguns municípios) e criada em caráter perpétuo, sem necessidade de desapropriação da área.
Também não há restrição quanto ao tamanho da área, sendo que a rPPn pode abrigar apenas atividades de pesquisa científica, turismo ou educação ambiental.
A rPPn é uma categoria de área protegida prevista na legislação ambiental brasileira (lei 9.985/2000, do Sistema nacional de Unidades de Conservação – Snuc). ela é criada por iniciativa e decisão do proprietário. É reconhecida pelos órgãos ambientais (ibama, os estados mato grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, minas gerais, espírito Santo, Bahia, Alagoas e Ceará e alguns municípios) e criada em caráter perpétuo, sem necessidade de desapropriação da área.
Também não há restrição quanto ao tamanho da área, sendo que a rPPn pode abrigar apenas atividades de pesquisa científica, turismo ou educação ambiental.
Existem no Brasil mais de 700 rPPns. Só na mata Atlântica elas são mais de 500 reservas, que protegem cerca de 100 mil hectares. os proprietários dessas áreas formam uma grande rede pela conservação do Bioma, sendo organizados em Associações estaduais e em uma Confederação nacional.
A Aliança para a Conservação da mata Atlântica – uma parceria entre as organizações ambientalistas Conservação internacional (Ci-Brasil) e Fundação SoS mata Atlântica – coordena um Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) da Mata Atlântica com apoio do Fundo de Parceria para ecossistemas Críticos (CePF) e Bradesco Cartões. o Programa, criado em 2003 com o objetivo de contribuir para o aumento da área protegida da mata Atlântica e de fortalecer o movimento pelas rPPns no Brasil, destina recursos financeiros, a fundo perdido, para apoio à gestão e sustentabilidade das rPPns existentes e também para aqueles que desejam criar novas reservas. Desde o ano passado, a Aliança conta com a participação da The nature Conservancy (TnC) e do Bradesco Capitalização.
Nos cinco editais já realizados desde 2003, 131 projetos foram contemplados, em apoio a 33 rPPns e para criação de pelo menos 200 novas reservas privadas, localizadas especialmente nos Corredores de Biodiversidade da Serra do mar, Central da mata Atlântica e, mais recentemente, do nordeste e a ecorregião Floresta com Araucária.
Diferente de outros fundos, os recursos desses editais são repassados diretamente ao proprietário interessado em criar uma rPPn, de forma simples e desburocratizada. Com esta iniciativa, têm-se a garantia da preservação de trechos de terras como parte importante do patrimônio natural do País, ou seja, mais um passo em favor da conservação da biodiversidade brasileira.
Paisagens e ecossistemas
O Bioma Mata Atlântica é formado por um complexo conjunto de ecossistemas, que conferem uma grande diversidade à paisagem:
Floresta Ombrófila densa – estende-se do Ceará ao rio grande do Sul, localizada principalmente nas encostas da Serra do mar, da Serra geral e em ilhas situadas no litoral entre os estados do Paraná e do rio de Janeiro. É marcada pelas árvores de copas altas, que formam uma cobertura fechada.
Floresta Ombrófila mista – Conhecida como mata de Araucária, pois o pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia) constitui o andar superior da floresta, com sub-bosque bastante denso. reduzida a menos de 3% da área original sobrevive nos planaltos do rio grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e em maciços descontínuos, nas partes mais elevadas de São Paulo, rio de Janeiro e sul de minas gerais.
Floresta Ombrófila aberta – A vegetação é mais aberta, sem a presença de árvores que fechem as copas no alto, ocorre em regiões onde o clima apresenta um período de dois a, no máximo, quatro meses secos, com temperaturas médias entre 24o C e 25o C. É encontrada, por exemplo, na Bahia, espírito Santo e Alagoas.
Floresta estacional Semidecidual – Conhecida como mata de interior, ocorre no Planalto brasileiro, nos estados de São Paulo, Paraná, minas gerais, mato grosso do Sul, Santa Catarina e rio grande do Sul. Alguns encraves ocorrem no nordeste.
Floresta estacional decidual – É uma das mais ameaçadas, com poucos remanescentes em regiões da Bahia, minas gerais, espírito Santo, São Paulo e rio de Janeiro. Sua vegetação ocorre em locais com duas estações bem demarcadas: uma chuvosa, seguida de longo período seco. mais de 50% das árvores perdem as folhas na época de estiagem.
Campos de altitude – normalmente ocorrem em elevações e em linhas de cumeadas, associa- dos ou não a fragmentos florestais. A vegetação característica é formada por comunidades de gramíneas, em certos lugares, interrompida por pequenas charnecas. Freqüentemente nas maiores altitudes ocorrem topos planos ou picos rochosos, como no Parque nacional de itatiaia (localizado entre rio de Janeiro, São Paulo e minas gerais).
Brejos Interioranos – ocorrem como encraves florestais (vegetação diferenciada dentro de uma paisagem dominante), em meio à Caatinga e têm importância vital para a região nordestina, pois possuem os melhores solos para a agricultura e estão diretamente associados à manutenção dos rios. São também conhecidas como “serras úmidas”.
Floresta Ombrófila densa – estende-se do Ceará ao rio grande do Sul, localizada principalmente nas encostas da Serra do mar, da Serra geral e em ilhas situadas no litoral entre os estados do Paraná e do rio de Janeiro. É marcada pelas árvores de copas altas, que formam uma cobertura fechada.
Floresta Ombrófila mista – Conhecida como mata de Araucária, pois o pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia) constitui o andar superior da floresta, com sub-bosque bastante denso. reduzida a menos de 3% da área original sobrevive nos planaltos do rio grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e em maciços descontínuos, nas partes mais elevadas de São Paulo, rio de Janeiro e sul de minas gerais.
Floresta Ombrófila aberta – A vegetação é mais aberta, sem a presença de árvores que fechem as copas no alto, ocorre em regiões onde o clima apresenta um período de dois a, no máximo, quatro meses secos, com temperaturas médias entre 24o C e 25o C. É encontrada, por exemplo, na Bahia, espírito Santo e Alagoas.
Floresta estacional Semidecidual – Conhecida como mata de interior, ocorre no Planalto brasileiro, nos estados de São Paulo, Paraná, minas gerais, mato grosso do Sul, Santa Catarina e rio grande do Sul. Alguns encraves ocorrem no nordeste.
Floresta estacional decidual – É uma das mais ameaçadas, com poucos remanescentes em regiões da Bahia, minas gerais, espírito Santo, São Paulo e rio de Janeiro. Sua vegetação ocorre em locais com duas estações bem demarcadas: uma chuvosa, seguida de longo período seco. mais de 50% das árvores perdem as folhas na época de estiagem.
Campos de altitude – normalmente ocorrem em elevações e em linhas de cumeadas, associa- dos ou não a fragmentos florestais. A vegetação característica é formada por comunidades de gramíneas, em certos lugares, interrompida por pequenas charnecas. Freqüentemente nas maiores altitudes ocorrem topos planos ou picos rochosos, como no Parque nacional de itatiaia (localizado entre rio de Janeiro, São Paulo e minas gerais).
Brejos Interioranos – ocorrem como encraves florestais (vegetação diferenciada dentro de uma paisagem dominante), em meio à Caatinga e têm importância vital para a região nordestina, pois possuem os melhores solos para a agricultura e estão diretamente associados à manutenção dos rios. São também conhecidas como “serras úmidas”.
Manguezais – Formação que ocorre ao longo dos estuários, em função da água salobra produzida pelo encontro da água doce dos rios com a do mar. É uma vegetação muito característica, pois tem apenas sete espécies de árvores, mas abriga uma diversidade de microalgas pelo menos dez vezes maior.
Restinga – ocupa grandes extensões do litoral, sobre dunas e planícies costeiras. inicia-se junto à praia, com gramíneas e vegetação rasteira, e torna-se gradativamente mais variada e desenvolvida à medida que avança para o interior, podendo também apresentar brejos com densa vegetação aquática. Abriga muitos cactos e orquídeas.
Os moradores da Mata Atlântica
Grande parte da população brasileira vive na mata Atlântica, pois foi na faixa de abrangência original desse Bioma que se formaram os primeiros aglomerados urbanos, os pólos industriais e as principais metrópoles. São aproximadamente 120 milhões de pessoas (70% do total) que moram, trabalham e se divertem em lugares antes totalmente cobertos com a vegetação da mata Atlântica. embora a relação não seja mais tão evidente, pela falta de contato com a floresta no dia-a-dia, essas pessoas ainda dependem dos remanescentes florestais para preservação dos mananciais e das nascentes que os abastecem de água, e para a regulação do clima regional, entre muitas outras coisas.
A mata Atlântica também abriga grande diversidade cultural, constituída por povos indígenas, como os guarani, e culturas tradicionais não-indígenas como o caiçara, o quilombola, o roceiro e o caboclo ribeirinho. Apesar do grande patrimônio cultural, o processo de desenvolvimento desenfreado fez com que essas populações ficassem de certa forma marginalizadas e muitas vezes fossem expulsas de seus territórios originais.
www.megatimes.com.br
A mata Atlântica também abriga grande diversidade cultural, constituída por povos indígenas, como os guarani, e culturas tradicionais não-indígenas como o caiçara, o quilombola, o roceiro e o caboclo ribeirinho. Apesar do grande patrimônio cultural, o processo de desenvolvimento desenfreado fez com que essas populações ficassem de certa forma marginalizadas e muitas vezes fossem expulsas de seus territórios originais.
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