Proteção das Águas Subterrâneas
Cabe ao usuário de águas subterrâneas uma boa parcela de responsabilidade na proteção dos aquíferos quanto à poluição
O mundo desenvolvido vem dando mais atenção à proteção e recuperação dos aquíferos. A legislação está implantada e em execução por agências governamentais bem equipadas. A coleta de dados e os programas de monitoramento são alcançados. Além disso, o padrão de vida é alto e os custos do tratamento d'água podem ser sustentados pelos usuários, onde for necessário.
Já nos países em desenvolvimento, a ênfase é para com a extração da água subterrânea e, onde a necessidade de proteção já é reconhecida, a implementação é difícil, devido à escassez de dados, falta de pessoal especializado e ausência de legislação e recursos institucionais, de veiculação hídrica através das águas de superfície, a proteção das águas subterrâneas tem importância crucial.
As implicações financeiras da proteção das águas subterrâneas não devem ser subestimadas. Os custos normalmente incluem a coleta e processamento de dados, salários de pessoal técnico e administrativo, aquisição de terrenos de interesse para áreas de proteção, monitoramentos, etc. Estes custos, entretanto, são somente uma fração do custo total para despoluição ou para o desenvolvimento de novas fontes de suprimento de água.
Também, cabe ao usuário de águas subterrâneas uma boa parcela de responsabilidade na proteção dos aquíferos quanto à poluição. Não é incomum a identificação de poços abandonados sem tamponamento ou servindo de depósito para lixo ou outros resíduos e, também, construídos sem a devida proteção sanitária.
O mundo desenvolvido vem dando mais atenção à proteção e recuperação dos aquíferos. A legislação está implantada e em execução por agências governamentais bem equipadas. A coleta de dados e os programas de monitoramento são alcançados. Além disso, o padrão de vida é alto e os custos do tratamento d'água podem ser sustentados pelos usuários, onde for necessário.
Já nos países em desenvolvimento, a ênfase é para com a extração da água subterrânea e, onde a necessidade de proteção já é reconhecida, a implementação é difícil, devido à escassez de dados, falta de pessoal especializado e ausência de legislação e recursos institucionais, de veiculação hídrica através das águas de superfície, a proteção das águas subterrâneas tem importância crucial.
As implicações financeiras da proteção das águas subterrâneas não devem ser subestimadas. Os custos normalmente incluem a coleta e processamento de dados, salários de pessoal técnico e administrativo, aquisição de terrenos de interesse para áreas de proteção, monitoramentos, etc. Estes custos, entretanto, são somente uma fração do custo total para despoluição ou para o desenvolvimento de novas fontes de suprimento de água.
Também, cabe ao usuário de águas subterrâneas uma boa parcela de responsabilidade na proteção dos aquíferos quanto à poluição. Não é incomum a identificação de poços abandonados sem tamponamento ou servindo de depósito para lixo ou outros resíduos e, também, construídos sem a devida proteção sanitária.
Água Subterrânea
97,6% da água do planeta é constituída pelos oceanos, mares e lagos de água salgada. A água doce, representada pelos 2,4% restante, tem sua maior parte situada nas calotas polares e geleiras (1,9%), inacessível aos homens pelos meios tecnológicos atuais. Da parcela restante (0,5%), mais de 95% é constituída pelas águas subterrâneas.
Aproximadamente 3/4 da superfície da Terra é coberta por água. A água é uma substância essencial para manutenção dos seres vivos, a água é reconhecida pela ciência como o ambiente em que surgiu a própria vida. Por esse motivo, sua ocorrência é considerada uma das condições básicas para admissão da existência de vida, como a conhecemos em outros planetas.
A existência da água nos estados sólido, líquido e gasoso na Terra, envolve o gigantesco fenômeno denominado Ciclo Hidrológico, a contínua circulação entre os oceanos, a atmosfera e os continentes, responsáveis pela renovação da água doce, há pelo menos 3,8 bilhões de anos. Entretanto, 97,6% da água do planeta é constituída pelos oceanos, mares e lagos de água salgada. A água doce, representada pelos 2,4% restante, tem sua maior parte situada nas calotas polares e geleiras (1,9%), inacessível aos homens pelos meios tecnológicos atuais. Da parcela restante (0,5%), mais de 95% é constituída pelas águas subterrâneas.
A água também é um veículo para os mais diversos tipos de doenças, quando poluída ou contaminada. Estudo recente do BNDES sobre saneamento no Brasil indicou que 51% da população urbana (aproximadamente 63 milhões de pessoas) não é atendida por rede de água dos sistemas de abastecimento e que cerca de 45% das águas tratadas distribuídas são desperdiçadas. A pesquisa constatou ainda a alarmante realidade de que 90% dos esgotos são lançados in natura nos solos e rios, sem qualquer tratamento. Mundialmente, os números são ainda mais assustadores. Estima-se que 1,2 bilhão de pessoas no mundo carecem de água potável e que 1,9 bilhão não dispõe de adequados serviços de saneamento. A falta de água potável e de saneamento básico provoca a morte de cerca de 4 milhões de crianças anualmente, vitimadas por doenças de veiculação hídrica como a cólera, a diarreia, etc.
Devido à degradação de sua qualidade, que acentuou a partir da II Guerra Mundial, a água doce líquida que circula em muitas regiões do mundo já perdeu sua característica especial de recurso renovável, em particular nos países ditos do Terceiro Mundo, na medida em que os efluentes e/ou os resíduos domésticos e industriais são dispostos no ambiente sem tratamento ou de forma inadequada.
Além dos desequilíbrios da oferta de água às populações, a questão da disponibilidade e dos conflitos pelo seu uso também apresentam seus aspectos preocupantes. Assim é que alguns países apresentam escassez hídrica absoluta, tais como Kuwwait, Egito, Arábia Saudita, Barbados, Singapura e Cabo Verde; outros como Burundi, Argélia e Bélgica padecem de seca crônica; em regiões como o semi-árido nordestino há o alerta de escassez e em vários locais afloram conflitos decorrentes de desequilíbrios entre demanda e disponibilidade, tais como Madrid e Lisboa pelo Rio Tejo, Síria e Israel pelo Rio Golã, Síria e Turquia, pelo Rio Eufrates, Iraque e Turquia pelo Rio Eufrates, Tailândia e Laos pelo Rio Menkong, Barcelona e Alicante pelo Rio Ebro, entre outros.
Diante desse cenário turbulento, a água subterrânea vem assumindo uma importância cada vez mais relevante como fonte de abastecimento devido a uma série de fatores que restringem a utilização das águas superficiais, bem como ao crescente aumento dos custos da sua captação, adução e tratamento, a água subterrânea está sendo reconhecida como alternativa viavél aos usuários e tem apresentado uso crescente nos últimos anos, obtidas através de poços bem locados e construídos. Além dos problemas e facilidade de contaminação inerentes às águas superficiais, o maior interesse pelo uso da água subterrânea vem sendo despertado, pela maior oferta deste recurso e em decorrência do desenvolvimento tecnológico, o que promoveu uma melhoria na produtividade dos poços e um aumento de sua vida útil.
Aproximadamente 3/4 da superfície da Terra é coberta por água. A água é uma substância essencial para manutenção dos seres vivos, a água é reconhecida pela ciência como o ambiente em que surgiu a própria vida. Por esse motivo, sua ocorrência é considerada uma das condições básicas para admissão da existência de vida, como a conhecemos em outros planetas.
A existência da água nos estados sólido, líquido e gasoso na Terra, envolve o gigantesco fenômeno denominado Ciclo Hidrológico, a contínua circulação entre os oceanos, a atmosfera e os continentes, responsáveis pela renovação da água doce, há pelo menos 3,8 bilhões de anos. Entretanto, 97,6% da água do planeta é constituída pelos oceanos, mares e lagos de água salgada. A água doce, representada pelos 2,4% restante, tem sua maior parte situada nas calotas polares e geleiras (1,9%), inacessível aos homens pelos meios tecnológicos atuais. Da parcela restante (0,5%), mais de 95% é constituída pelas águas subterrâneas.
A água também é um veículo para os mais diversos tipos de doenças, quando poluída ou contaminada. Estudo recente do BNDES sobre saneamento no Brasil indicou que 51% da população urbana (aproximadamente 63 milhões de pessoas) não é atendida por rede de água dos sistemas de abastecimento e que cerca de 45% das águas tratadas distribuídas são desperdiçadas. A pesquisa constatou ainda a alarmante realidade de que 90% dos esgotos são lançados in natura nos solos e rios, sem qualquer tratamento. Mundialmente, os números são ainda mais assustadores. Estima-se que 1,2 bilhão de pessoas no mundo carecem de água potável e que 1,9 bilhão não dispõe de adequados serviços de saneamento. A falta de água potável e de saneamento básico provoca a morte de cerca de 4 milhões de crianças anualmente, vitimadas por doenças de veiculação hídrica como a cólera, a diarreia, etc.
Devido à degradação de sua qualidade, que acentuou a partir da II Guerra Mundial, a água doce líquida que circula em muitas regiões do mundo já perdeu sua característica especial de recurso renovável, em particular nos países ditos do Terceiro Mundo, na medida em que os efluentes e/ou os resíduos domésticos e industriais são dispostos no ambiente sem tratamento ou de forma inadequada.
Além dos desequilíbrios da oferta de água às populações, a questão da disponibilidade e dos conflitos pelo seu uso também apresentam seus aspectos preocupantes. Assim é que alguns países apresentam escassez hídrica absoluta, tais como Kuwwait, Egito, Arábia Saudita, Barbados, Singapura e Cabo Verde; outros como Burundi, Argélia e Bélgica padecem de seca crônica; em regiões como o semi-árido nordestino há o alerta de escassez e em vários locais afloram conflitos decorrentes de desequilíbrios entre demanda e disponibilidade, tais como Madrid e Lisboa pelo Rio Tejo, Síria e Israel pelo Rio Golã, Síria e Turquia, pelo Rio Eufrates, Iraque e Turquia pelo Rio Eufrates, Tailândia e Laos pelo Rio Menkong, Barcelona e Alicante pelo Rio Ebro, entre outros.
Diante desse cenário turbulento, a água subterrânea vem assumindo uma importância cada vez mais relevante como fonte de abastecimento devido a uma série de fatores que restringem a utilização das águas superficiais, bem como ao crescente aumento dos custos da sua captação, adução e tratamento, a água subterrânea está sendo reconhecida como alternativa viavél aos usuários e tem apresentado uso crescente nos últimos anos, obtidas através de poços bem locados e construídos. Além dos problemas e facilidade de contaminação inerentes às águas superficiais, o maior interesse pelo uso da água subterrânea vem sendo despertado, pela maior oferta deste recurso e em decorrência do desenvolvimento tecnológico, o que promoveu uma melhoria na produtividade dos poços e um aumento de sua vida útil.
Água Subterrânea e o Meio Ambiente
Problemas ambientais com as águas subterrâneas são comuns, variando quanto ao tipo e grau de gravidade. Podem ser agrupados em duas principais categorias: os causados por contaminação e aqueles causados por superexploração.
As águas subterrâneas e as superficiais são partes integrantes do ciclo hidrológico e do meio ambiente. Frequentemente, as áreas de descarga da água subterrânea localizam-se em brejos, lagos ou rios, alimentando seus níveis de base e ecossistemas aquáticos. Em outros casos, são esses corpos d'água superficial muitas vezes varia sazonalmente: durante a estação chuvosa, a água flui dos corpos d'água superficiais para a água subterrânea, enquanto na estiagem a direção do fluxo se inverte.
Problemas ambientais com as águas subterrâneas são comuns, variando quanto ao tipo e grau de gravidade. Podem ser agrupados em duas principais categorias: os causados por contaminação e aqueles causados por superexploração.
As águas subterrâneas e as superficiais são partes integrantes do ciclo hidrológico e do meio ambiente. Frequentemente, as áreas de descarga da água subterrânea localizam-se em brejos, lagos ou rios, alimentando seus níveis de base e ecossistemas aquáticos. Em outros casos, são esses corpos d'água superficial muitas vezes varia sazonalmente: durante a estação chuvosa, a água flui dos corpos d'água superficiais para a água subterrânea, enquanto na estiagem a direção do fluxo se inverte.
Problemas ambientais com as águas subterrâneas são comuns, variando quanto ao tipo e grau de gravidade. Podem ser agrupados em duas principais categorias: os causados por contaminação e aqueles causados por superexploração.
Poluição
A poluição das águas subterrâneas é geralmente difícil de detectar, de monitoramento dispendioso e muito prolongado. Na maioria das vezes, a contaminação só é descoberta no momento em que substâncias nocivas aparecem nos reservatórios de água potável, quando a poluição já se espalhou sobre uma grande área. A despoluição da água subterrânea é particularmente demorada e cara, através de sofisticadas tecnologias. Os Estados Unidos possuem um fundo estimado de 20 a 100 bilhões de dólares para ações nesse setor.
A qualidade da água subterrânea vem declinando muito lentamente, mas com certeza, em todos os lugares. A maior parte dos contaminantes são provenientes dos usos urbanos, industriais e da agricultura. Muitas soluções técnicas foram desenvolvidas para recuperar ou no mínimo conter os tipos de poluição.
Hoje torna-se evidente que as fontes de poluição da água subterrânea são muito mais disseminadas e relacionadas a uma variedade muito maior de atividades. A poluição em áreas não industrializadas pode ser atribuída a origens diversas tais como fertilizantes, pesticidas, fossas sépticas, drenagens urbanas e poluição do ar e das águas de superfície. O único método eficaz de controle desse tipo de poluição é o manejo integrado dos usos do solo e da água.
A qualidade da água subterrânea vem declinando muito lentamente, mas com certeza, em todos os lugares. A maior parte dos contaminantes são provenientes dos usos urbanos, industriais e da agricultura. Muitas soluções técnicas foram desenvolvidas para recuperar ou no mínimo conter os tipos de poluição.
Hoje torna-se evidente que as fontes de poluição da água subterrânea são muito mais disseminadas e relacionadas a uma variedade muito maior de atividades. A poluição em áreas não industrializadas pode ser atribuída a origens diversas tais como fertilizantes, pesticidas, fossas sépticas, drenagens urbanas e poluição do ar e das águas de superfície. O único método eficaz de controle desse tipo de poluição é o manejo integrado dos usos do solo e da água.
Superexploração
A água subterrânea sempre foi vista como uma fonte inesgotável de abastecimento. Com o desenvolvimento das modernas técnicas de prospecção, perfuração e extração, essa atitude não pode mais continuar. Embora seja um recurso renovável, poucos aquíferos podem suportar enormes e indefinidas taxas de extração, na maior parte do mundo. Para assegurar suprimentos de água subterrânea para as gerações futuras, a filosofia do desenvolvimento sustentável preconiza que a extração de água de um aquífero nunca deve exceder sua recarga.
Quando a extração de água subterrânea ultrapassa a recarga natural, por longos períodos de tempo, os aquíferos sofrem depleção e o lençol freático começa a baixar. Nessa situação, os seguintes problemas são ocasionados: poços rasos, usados para abastecimentos locais e irrigações, secam; poços de produção tem que ser perfurados a profundidades cada vez maiores, despendendo mais energia para bombeamento; aquíferos litorâneos podem sofrer contaminação por intrusão da água do mar; e compactação gradual do subsolo, provocando subsidência de terrenos. Alguns desses problemas podem ser controlados ou revertidos pela redução das extrações, mas, a contaminação pela água do mar persiste por muitos anos, enquanto a subsidência de terrenos costuma ser irreverssível. A solução mais eficaz e menos onerosa é o estabelecimento de um programa de proteção das águas subterrâneas.
Quando a extração de água subterrânea ultrapassa a recarga natural, por longos períodos de tempo, os aquíferos sofrem depleção e o lençol freático começa a baixar. Nessa situação, os seguintes problemas são ocasionados: poços rasos, usados para abastecimentos locais e irrigações, secam; poços de produção tem que ser perfurados a profundidades cada vez maiores, despendendo mais energia para bombeamento; aquíferos litorâneos podem sofrer contaminação por intrusão da água do mar; e compactação gradual do subsolo, provocando subsidência de terrenos. Alguns desses problemas podem ser controlados ou revertidos pela redução das extrações, mas, a contaminação pela água do mar persiste por muitos anos, enquanto a subsidência de terrenos costuma ser irreverssível. A solução mais eficaz e menos onerosa é o estabelecimento de um programa de proteção das águas subterrâneas.