Armazenamento
A literatura científica tem pouca
informação sobre a eficácia do processo de armazenamento, pois além de
ocorrerem vazamentos, derramamentos, temos o processo de volatilização de
POP’s, este problema se agrava em países tropicais.
Mesmo em climas temperados o armazenamento e manuseio leva a contaminações do meio ambiente. Como exemplo, cito o caso de um depósito na cidade de Alberta no Canadá, que foi monitorado em 1995, possui instalações bem construídas e fechadas, mantidas sob pressão negativa com filtros de exaustão, e o ar filtrado ainda lançava PCB’s ao ambiente.
Enterro em aterros sanitários
Os aterros sanitários não são uma
tecnologia de destruição apenas um método de confinamento, deve-se ressaltar que pode ser considerado um método
relativamente ineficaz de confinamento, pois os componentes no lixo enterrado,
em geral, escapam ao ambiente próximo, principalmente por lixiviação para águas
subterrâneas e por volatilização para o ar.
Aterros Sanitários são em geral
eficazes nos 10 primeiros anos e têm efeito retardário após 25 anos, mas são
comparáveis a uma situação de referência, sem isolamento, após 100 anos. Logo
sistemas de isolamento para locais de disposição e solos contaminados sem
imobilização podem ser comparados a uma bomba-relógio de efeito retardado, que
no futuro coloca em risco a saúde humana e o meio ambiente.
Injeção em poço profundo
Esta forma de tecnologia não é
muito utilizada. Em 1996 a FAO, apontou a injeção em poço profundo como não
apropriada, em função risco ambiental e a falta de controle.
Nos Estados Unidos até 1989, já
haviam ocorrido em torno de 39 falhas documentadas, ocorreram vazamentos em
aquíferos profundos, inclusive em águas subterrâneas utilizadas para o
abastecimento público. Não existem métodos para predizer as rotas ou a
velocidade da migração dos resíduos injetados para as águas subterrâneas ou do
escape para a superfície, não se consegue detectar fraturas verticais em
formações subterrâneas o que permite o transporte de compostos injetados através
de câmaras não-porosas até as águas subterrâneas.
Sistemas de combustão
Até a industrialização, a queima
era considerada o método eficaz de dispor qualquer material não desejado, o
qual poderia ser queimado. Em função das mudanças drásticas que sofreram os
resíduos e produtos gerados pelas atividades antropogênicas , os sistemas de
combustão do lixo tornam-se cada vez mais complexos e caros.
Métodos de
incineração
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Não
recomendado
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Incineração em alta temperatura, em geral.
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Agrotóxicos inorgânicos, agrotóxicos contendo
mercúrio e organometais.
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Incinerador em pequena escala, sem “scrubber”
(sistema de lavagem de gases).
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Agrotóxicos contendo cloro, fósforo, enxofre ou
nitrogênio e grandes quantidades de agrotóxicos em geral.
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Incinerador em pequena escala e incinerador móvel
com “scrubber”.
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Agrotóxicos contendo cloro, bromo ou outros
halogênios, com algumas qualificações.
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Forno de cimento
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Agrotóxicos contendo cloro, bromo, ou outros
halogênios, incluindo derivados do ácido fenoxiacético, com algumas qualificações.
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Incineradores de Resíduos Perigosos
O grupo de Trabalho Ad Hoc do Fórum Intergovernamental de
Segurança Química 1996, avaliou a possibilidade de se usar incineradores para
destruição de estoques de POP’s, as conclusões e as recomendações deste grupo,
foram mais tarde adotadas pelo Conselho de Administração do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente em 1997, sendo a seguinte conclusão:
“... As plantas de incineração de resíduos com melhor tecnologia
disponível hoje envolvem altos custos de construção, são de operação
sofisticada, e a sua adoção maciça em países em desenvolvimento é improvável em
futuro próximo. Outras opções incluindo o transporte para plantas já existentes
e/ou uso de outras metodologias de disposição e/ou políticas de materiais de
sucesso comprovado devem ser mais pesquisadas.”
Embora os incineradores modernos
podem ser inviabilizados em função do custo de construção para vários países,
devem ser ressaltado que existem outros questionamentos quanto a esse processo
os átomos de cloro são obstáculos eficazes para o fogo, eles tendem a
extinguir os radicais livres de
hidrogênio, que propagam as reações no incinerador, dificultando que a
combustão se torne completa. Os incineradores têm alto custo operacional por
exigirem altas temperaturas; Os gases de chaminé da combustão apresentam um
problema sério de corrosão nas altas temperaturas; A maior preocupação se
prende a geração de produtos de combustão incompletos, que são formados em
pequenas quantidades, no caso de PCB’s, quando queimados formam dioxinas e
dibenzofuranos clorados (CDF), outros materiais presentes nos efluentes de
chaminés incluem HCI, CO,CO2, NOx
e O2,a remoção desses materiais
dos gases de chaminé é extremamente difícil e cara.
A eficiência dos incineradores
modernos é atualmente questionada na distribuição de POP’s em função da
associação de POP’s recém formados no ambiente próximos aos incineradores, que
apresentavam uma contaminação no ar, solo, vegetação, animais e nas populações
humanas.
Poucos testes com incineradores
de resíduos perigosos foram realizados para que se possa permitir que se
determine a eficiência de destruição. As eficiências de destruição, em geral,
são bem baixo do valor considerado real de 99,99%,para substâncias destruidoras
do ozônio foram encontradas EDR’s de
99,999%.
www.megatimes.com.br
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