COP 21 – 21º CONFERÊNCIA DO CLIMA DE PARIS EM 2015

COP 21 – 21º CONFERÊNCIA DO CLIMA DE PARIS EM 2015

COP 21 – 21º Conferência do Clima de Paris em 2015 

A 21ª Conferência do Clima (COP 21) foi realizada em dezembro de 2015, em Paris capital da França. A COP 21 teve como principal objetivo de concretizar o acordo entre todas as nações do mundo para diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa, diminuindo o aquecimento global e em consequência limitar o aumento da temperatura média global em 2ºC até 2100. A partir da elaboração da Convenção durante a Rio-92.

A conferência do clima de Paris teve seu fim no sábado 12 de dezembro de 2015 com acordo histórico sobre mudanças climáticas. Como todo marco regulatório, o acordo estabelece apenas as condições para que algo aconteça, e, nesse caso, não há sequer prazos ou metas. As propostas apresentadas voluntariamente pelos países (INDCs) passam a ser consideradas "metas" que serão reavaliadas a cada 5 anos, embora a soma dessas propostas não elimine hoje o risco de enfrentarmos os piores cenários climáticos com a iminente elevação média de temperatura acima de 2ºC.

Pelo texto finalizado, os 195 países membros da Convenção do Clima das Nações Unidas e a União Europeia, assinaram o  concordo para manter o aquecimento global do planeta com temperaturas médias abaixo de 2oC e fazer esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5o C. A ambição coletiva será revisada a cada cinco anos, de forma a guiar os esforços para o alcance das  metas de temperatura – mecanismo conhecido como o “torniquete” do acordo.

Segundo os pontos delineados numa plenária pelo chanceler da França, Laurent Fabius,  sobre a questão do financiamento climático ficou decidido que os US$ 100 bilhões por ano que os países desenvolvidos prometeram aportar para ações de combate às mudanças do clima e de adaptação nos países em desenvolvimento serão um piso. Uma nova cifra, que vái além disso, só será definida em 2025.

A COP-21 sinaliza um caminho. Para segui-lo, é preciso realizar muito mais - e melhor - do que tem sido feito até agora. A quantidade de moléculas de C02 na atmosfera já ultrapassou as 400 ppm (partes por milhão), indicador que confirmaria - segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática da ONU - a progressão rápida da temperatura acima dos 2°C.

Enquanto o analfabetismo ambiental prevalecer no meio político, a situação não deverá mudar tão cedo. É preciso adequar as políticas públicas à COP 21. É importante que  haja compromissos efetivos em favor das construções sustentáveis, que são bem mais eficientes no consumo de energia, mobilidade urbana, estimular transporte público de massa, criar programas de carona solidária, abrir espaço para pedestres e ciclistas, etc, expansão ou proteção das áreas verdes (bom para a saúde e bom para o meio ambiente, porque cada jardim ou floresta tem a capacidade de estocar C02 a um custo baixíssimo), entre outras medidas urgentes.

COP 21 – 21º CONFERÊNCIA DO CLIMA DE PARIS EM 2015É preciso compreender o senso de urgência em torno do assunto é algo extremamente importante para essas novas gerações que deverão crescer - se nada for feito - num planeta onde o desequilíbrio climático já tem provocado eventos extremos (furacões, tornados, tufões, tempestades mais violentos), mudança do ciclo das chuvas (com impactos vorazes sobre hidroeletricidade e produção agrícola), elevação do nível do mar, inundação das áreas costeiras, aumento das doenças transmitidas por mosquitos (inclusive aquelas veiculadas pelo Aedes Aegypti como o Zika vírus e a terrível microcefalia).

O Acordo do Clima em Paris é um dos maiores e mais importantes da história da diplomacia mundial. Porém, tal como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (adotada pela ONU em 1948) o Acordo sinaliza rumo e perspectiva, aponta o que é o certo, e se apresenta como um compromisso coletivo. Tornar o Acordo realidade exige atitude. 

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