Ararinha Azul (Cyanopsitta spixii)

Ararinha Azul (Cyanopsitta spixii)

Ararinha Azul (Cyanopsitta spixii) Família: Psittacidae
Espécie: Cyanopsitta spixii
Situação: Ameaçada de extinção
Comprimento: 57 cm.
A Ararinha Azul (Cyanopsitta spixii) é encontrada exclusivamente no Brasil. Originalmente a espécie ocorria no extremo norte da Bahia, ao sul do Rio São Francisco, na região de Juazeiro. Atualmente, porém, resta um único exemplar conhecido na natureza (um macho) e cerca de 20 em cativeiro. Desde o início da década de 90 há um projeto para a loca-lização de outros indivíduos e a recuperação da espécie pela reintrodução na natureza daqueles atualmente em cativeiro. Entretanto, a tentativa de acasalamento do macho em liberdade com uma fêmea nascida em cativeiro, feita recentemente, não obteve sucesso. Também não foram localizados novos indivíduos. Assim, a espécie está praticamente extinta na natureza, situação provocada pelo comércio ilegal de aves raras, sobretudo para o exterior. O habitat natural da ararinha-azul é a caatinga seca e as florestas ciliares abertas de pequenos afluentes temporários do Rio São Francisco. Alimenta-se de frutos e sementes, gostando de empoleirar-se sobre as pontas dos galhos secos. Realiza migrações locais, quando frequenta também buritizais. A espécie fazia ninhos em grandes buracos nos troncos de árvores, principalmente em caraibeiras.

Ararinha Azul (Cyanopsitta spixii)
Características: mede cerca de 60 cm de comprimento, pesando em torno de 350g. Sua plumagem é azul-acinzentada, mais clara na região da cabeça e pescoço, sendo as plumas das asas e cauda mais escuras, o bico é negro e mais delicado. Possui a pele da região ocular de cor negra, como uma máscara, e os olhos são amarelos. O bico é menor em relação as outras espécies e tem uma particularidade única, tem uma parte de pele nua de cor cinzento escura que vai desde a parte superior do bico até ao olho, esta parte cinzenta deixa sobressair a cor amarela da íris do olho.

Habitat: ave endêmica da caatinga, intimamente associada a riachos estacionais. Vive em áreas mais úmidas do sertão, próxima a riachos estacionais, matas ciliares onde a vegetação é mais alta do que a caatinga, preferindo árvores como as caraibeiras.

Ocorrência: é endêmica da região nordeste da Bahia, ao sul do rio São Francisco, próximo ao município de Curaçá/ BA.

Hábitos : vivem aos pares nas árvores mais altas, como as caraibeiras e buritis.

Alimentação: sementes e frutos do pinhão e da favela.

Reprodução: nidifica em ocos da caraibeira, e sua reprodução está associada a distribuição das chuvas, ocorrendo normalmente de dezembro à março, nascendo geralmente dois filhotes. Sua postura é de 3 a 4 ovos, e a maturidade sexual é atingida entre os 4 e 5 anos. Seus ovos medem aproximadamente 35 mm de diâmetro.

Ameaças: ameaçada de extinção. O tráfico de animais silvestres e a baixa densidade populacional são as principais ameaças. A população de ararinhas hoje gira em torno de 60 indivíduos, distribuídos em países como as Filipinas, Espanha e Suíça. No Brasil, existem dois machos no zoológico de São Paulo e um casal com dois filhotes no criadouro Chaparral de Recife/ PE. É a Arara mais rara do mundo! O último exemplar selvagem conhecido dessa espécie e que habitava a região de Curaçá, no sertão da Bahia, desapareceu em outubro de 2000. Este macho de tão solitário (pois sua espécie é gregária, vivendo em grupos) acabou acasalando com uma fêmea de Maracanã (Ara maracana), que também vive no mesmo habitat.

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