Rinocerontes do Mundo
Os rinocerontes fazem parte da ordem Perissodactyla (mamíferos de dedos ímpares) e da família Rhinocerotidae. Estão divididos em 4 gêneros e 5 espécies: Rinoceronte Branco (Ceratotherium simum), Rinoceronte de Sumatra (Dicerorhinus sumatrensis), Rinoceronte Negro (Diceros bicornis), Rinoceronte de Java (Rhinoceros sondaicus) e Rinoceronte Indiano (Rhinoceros unicornis).
Características dos Rinocerontes
Os Rinocerontes habitam desde savanas a florestas mais densas. São animais que possuem um ou dois cornos, estrutura de origem dérmica, composta por pelos queratinosos compactados. Possuem três dedos e uma pele grossa cheia de pregas, os dentes caninos e incisivos são vestigiais, exceto nos asiáticos. As fêmeas reproduzem a cada 2 anos, a gestação dura de 420 a 570 dias e seu único filhote permanece com ela até sua próxima gestação. Elas atingem a maturidade sexual entre 4 e 6 anos e os machos entre 7 e 10 anos e a expectativa de vida pode chegar aos 50 anos.
São animais herbívoros, na África alimentam-se mais de pastagem, enquanto na Ásia buscam folhas nas árvores. Possuem hábitos mais noturnos, descansando ao longo do dia. Apesar de pesados podem atingir grandes velocidades em pequenas distâncias e acabam abrindo trilhas por onde passam. Gostam de tomar banho de lama, usada como repelente de insetos e os machos são solitários e territorialistas, marcando seu território com urina e uma pilha de fezes. Durante a estadia reprodutiva os casais podem permanecer até 4 meses juntos.
Rinoceronte Branco (Ceratotherium simum)
A maior das espécies é dividida em duas subespécies: o rinoceronte branco do norte encontra-se em menos de uma dezena no Congo e em cativeiro, sendo inviável a reprodução natural entre eles. Há um projeto de transformar células tronco pluripotentes em gametas, para uma reprodução em laboratório. O Rinoceronte Branco do sul está por Botswana, Namíbia, Swazilândia, Zimbabue, Costa do Marfim, Quenia e Zambia. Os governos africanos tem mantido esta espécie em Parques Nacionais. Pesam até 4000 kg e alcançam até 3,77 metros de comprimento, sendo o segundo maior mamífero terrestre.
Rinoceronte de Sumatra (Dicerorhinus sumatrensis)
É a menor das espécies, está distribuída na Malásia e Indonésia. Pode pesar até 1000 kg e medir 145 cm do ombro para baixo.
Rinoceronte Negro (Diceros bicornis)
Difere do Branco por ter a boca com formato mais pontiagudo e são menores. Originalmente disperso por toda África, hoje encontrado apenas em Camarões, África do Sul e Quênia. São divididos em quatro subespécies que podem pesar até 1400 kg e medir 3,75 metros de comprimento. Muitos esforços têm sido feitos para diminuir a caça furtiva e isso tem gerado efeitos positivos no crescimento populacional de uma espécie criticamente ameaçada.
Rinoceronte de Java (Rhinoceros sondaicus)
Restritos a dois Parques Nacionais na Ásia, com populações de algumas dezenas de animais é um dos mamíferos mais ameaçados do mundo. Foi extinto no Vietnã em 2010 e segue com uma pequena população que está suscetível a perda de diversidade genética, doenças e caça ilegal.
Rinoceronte Indiano (Rhinoceros unicornis)
Encontrado no Nepal e na Índia, pode pesar até 2000 kg. Esforços de conservação estão sendo tomados, como restringi-los a áreas protegidas. No Nepal, guardas parques e seguranças armados protegem estes animais. Tinha por volta de 100 indivíduos no início do séc. XX, hoje existem mais de 2500 indivíduos.
Todas as espécies sofrem com a caça predatória dos humanos, em busca de partes do seu corpo para a medicina tradicional popular. Acreditam que seu corno possui poderes curativos para diversas doenças e pode chegar a ser vendido por 65 mil dólares por kg na Ásia. As populações são pequenas em cada local de ocorrência, tornando-os suscetíveis à extinção.