Jogos Olímpicos | Origem e História
Os Jogos Olímpicos compõem um evento desportivo que ocorre a cada quatro anos, e que reúne atletas de quase todos os países do mundo, para competirem em várias categorias de desporto como, por exemplo, o Atletismo, Natação ou a Ginástica. Aos três primeiros classificados de cada prova, são atribuídas medalhas de ouro (primeiro classificado), prata (segundo classificado) e bronze (terceiro classificado). O período decorridos entre duas edições dos Jogos Olímpicos chama-se Olimpíada.
Os primeiros Jogos realizavam-se na Grécia Antiga, há mais de 2700 anos, como uma importante celebração e tributo aos deuses; mas com a emergência do cristianismo no Império Romano e suas ideologias, os cultos pagãos e tudo a eles inerentes, começaram a ser exterminados e entre 393 e 394 o imperador Teodósio I acaba com os jogos que tinham origem Grega.
Porém, em 1896, um aristocrata francês, Barão de Coubertin, recuperou os Jogos tentando reavivar o espírito das primeiras olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas pelas duas Grandes Guerras Mundiais.
Inicialmente, os Jogos eram disputados apenas por atletas amadores. Entretanto, no fim do século XX, a competição foi aberta a atletas profissionais.
Dada a importância e a visibilidade dos Jogos para o mundo, estes têm também, nos últimos anos, sido usados como espaço para confrontos políticos e reivindicações, de que são os piores exemplos o massacre de Munique em 1972, em que membros da comitiva israelense foram feitos reféns por extremistas palestinos (ou palestinianos) e os boicotes durante a Guerra Fria, aos Jogos de 1980 e 1984, pelo bloco de países soviéticos e pelos Estados Unidos, respectivamente, e também o atentado à bomba ocorrido em Atlanta em 1996.
No entanto, num exemplo de aproximação e reconciliação entre os povos, de que os Jogos pretendem ser símbolo, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, participaram nos Jogos de Sydney em 2000 e de Atenas em 2004, sob uma única bandeira.
Origem e ritualística
A origem dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga é frequentemente associada à celebração do esporte e do culto à beleza estética humana, como se estes fossem seus objetivos principais. Fala-se pouco, porém, na intenção mística e fúnebre de saudar os mortos de cada cidade. No canto IX da Ilíada, Homero relata detalhadamente as competições fúnebres que precederam a inumação de Pátroclo, escudeiro de Aquiles.
Num período de quatro em quatro anos, cada cidade-estado da Grécia dedicava um dia do ano (a primeira lua cheia do verão do hemisfério Norte) para reverenciar os falecidos nesse quadriênio, e reuniam num campo os pertences dos mortos e abandonavam momentaneamente a cidade, para deixar que os espíritos passeassem entre suas lembranças de vida terrena. Isso após as sacerdotizas acenderem uma chama que os rapazes levavam até o templo do deus-patrono da cidade. Em Corinto, um dos principais portos gregos, situado no istmo que liga a península do Peloponeso ao continente, esses jogos eram chamados de Jogos Ístmicos. Em Delfos, onde havia o famoso Oráculo de Apolo, eram Jogos Píticos. Em Argos eram Jogos Nemeus. Este conjunto de jogos, juntamente com os Jogos Olímpicos que se realizavam em Olímpia, perto de Elis, ficaram conhecidos como jogos pan-helénicos
Na cidade de Olímpia (que, diferentemente do que afirma o senso comum, não fica aos pés do Monte Olimpo) havia um templo de dimensões magníficas, dedicado a Zeus. Como todo deus da Antigüidade Clássica possuía variações, de acordo com o mito, a cultura e as particularidades que cada cidade-estado lhe atribuía, este Zeus era o chamado Zeus Olímpico, e junto a seu templo se realizavam os jogos esportivos idênticos aos das outras cidades. Porém era em Olímpia que os jogos atingiam sua plenitude, em organização e número de participantes, e onde desenvolveram-se como competições regulares e de extrema importância para todos os helênicos – e eram chamados Jogos Olímpicos.
Com regulamentos a princípio simples e mais tarde bem complexos e rígidos, os Jogos Olímpicos se realizaram com praticamente nenhuma interrupção, do século VIII a.C. ao V d.C. (mais de mil anos, portanto), mas com diversas modificações. Tanto que, ao serem proibidos por édito do Imperador Teodósio II, já tinham se desvirtuado em longas orgias e bacanais de pouca conotação esportiva.
Ainda assim, a festa começara como celebração dos mortos, e já atraía gigantescas procissões de gregos de várias cidades-estado. Era algo inevitável, pois, que surgissem algumas rixas ou contendas entre os peregrinos. Para distrair esses brigões e proteger a paz das celebrações religiosas, a “organização do evento” passou a promover competições esportivas simultâneas ao culto.
O registo mais antigo dos Jogos Olímpicos que chegou aos nossos dias data de 776 a.C.. Trata-se de uma inscrição num disco de pedra, encontrada nas ruinas do templo de Hera em Olímpia, que refere o acordo de tréguas e manutenção de paz durante a realização dos Jogos Olímpicos, selado entre os reis Ifitos de Ilía, Licurgo de Esparta e Clístenes de Pisa. Com o tempo, outros reinos se foram juntando a este acordo, e a partir daí os Jogos Olímpicos tornaram-se competições de paz, primeiro entre os homens, depois nações.
No entanto, as nações que havia em 1896, quando as Olimpíadas retornaram, eram diferentes demais daquelas da Antigüidade. Eram países imensos, não mais cidades, e tinham complicadas formas de escolher seus líderes, no lugar dos governos simplificados dos gregos. E possuíam identidades nacionais tão diversas quanto os gregos antigos jamais conheceriam.
A institucionalização do esporte
O desporto institucionalizado em clubes, ligas e federações é algo que surge somente na Europa na segunda metade do século XIX – muito recente, portanto. Isso já seria uma explicação suficiente para a demora no retorno dessa tradição, porém o fato mais importante reside no interesse suscitado pelo Classicismo por essa época (final do Romantismo europeu), o que fez com que inúmeras escavações fossem realizadas no território da antigos domínios da Grécia – inclusive Olímpia.
O Templo de Zeus e o Estádio na antiga cidade, que haviam sido soterrados, foram descobertos e, seguindo essa novidade, um jovem herdeiro parisiense de uma rede de hotéis, entusiasta do esporte em várias modalidades, resolveu pesquisar a fundo, em bibliotecas e acervos de todo o continente, os antigos regulamentos olímpicos e suas tradições. Seu nome: Pierre de Fredi. Seu título nobiliárquico: Barão de Coubertin.
O retorno dos Jogos Olímpicos
Retornar com os Jogos Olímpicos seria uma forma de celebrar a paz entre as nações, pensa o Barão Pierre de Coubertin, numa época em que seu país acabara de ser humilhado numa guerra-relâmpago com a Alemanha. Assim, ele lança sucessivos apelos, tanto aos governos quanto à s entidades esportivas dos países mais poderosos da Europa, para que voltem a realizar essas competições, à semelhança daqueles da Antigüidade. Em 1892, num congresso na Sorbonne, o Barão consegue que alguns países se comprometam a enviar atletas para a primeira competição olímpica da Era Moderna, cujo local ainda seria decidido.
Em 1894 é criado o Comité Olímpico Internacional (COI), entidade não-governamental que seria inicialmente presidida por Demetrius Vikelas e mais tarde pelo próprio Pierre de Coubertin . Inicialmente Coubertin desejava que os primeiros Jogos Olímpicos se realizassem em 1900 em Paris, mas ficou decidido que se realizariam antes em Atenas em 1896, o que inicialmente provocou alguns problemas, devido à dificuldade em obter apoio financeiro por parte do governo grego. Com o empenho do COI foi possível obter o apoio da Família Real da Grécia, principalmente do Príncipe Constantino, para que os primeiro jogos em Atenas se tornassem realidade (o sistema de rotatividade entre cidades do mundo só foi definido anos depois). Assim, em Abril de 1896, começam na capital grega os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, realizados regularmente a cada quadriênio desde então.
Os Jogos Olímpicos na Era Moderna
Apesar de serem, em teoria, um evento para participação mundial, é inegável que as Olimpíadas possuam um caráter ainda centralizado no hemisfério norte, onde surgiram, e onde se localiza a maior parte dos tais “países desenvolvidos”. Não por acaso, as Olimpíadas são jogos de verão, mas o verão do norte, que vai de junho a setembro, quando os atletas têm calor suficiente para treinar e competir. Deixam de fora, assim, os chamados “esportes de inverno”, que necessitam de neve para sua realização, fundamentalmente. Para abrigar essas modalidades, o COI cria, em 1924, os Jogos Olímpicos de Inverno, disputados sempre no hemisfério Norte, anteriormente coincidindo com os quadriênios dos Jogos originais, e mais tarde (a partir de 1994) se alternando, com diferença de dois anos entre cada evento .
Prosseguindo seus projetos de abrir as modalidades olímpicas a todos os esportistas do mundo, o COI cria as Paraolimpíadas em 1952, dedicadas especificamente aos atletas com alguma deficiência física. Excetuando de 1968 a 1984, esses Jogos Paraolímpicos foram realizados nas mesmas cidades dos jogos convencionais.
Curiosamente, nos Jogos da Antigüidade, os países abandonavam todo o conflito político-militar quando chegasse a época dos esportes. O próprio caráter internacional da competição teve início quando três reis de cidades-estado gregas assinaram um tratado de paz em Olímpia, prometendo enviar para lá, a cada quatro anos, seus melhores atletas, obrigando-se a trégua caso estivessem em guerra. O século XX fez com que essa tradição fosse invertida: os Jogos é que se interromperam quando as guerras estouravam, e isso ocorreu três vezes até hoje (1916, 1940 e 1944). Essas duas guerras também viram morrer vários atletas, inclusive medalhistas, que acabaram se convertendo em soldados – continuavam disputando por suas bandeiras, mas a derrota nessa outra contenda é sempre inaceitável. A triste ironia faz parecer que os Jogos Olímpicos ainda precisam transcender o estatuto de instituição esportiva e passar a ser efetivamente uma força de união pacífica global – exatamente o desejo que o Barão de Coubertin deixou em seu testamento.
A escolha da cidade dos Jogos Olímpicos
A escolha da cidade dos Jogos realiza-se em reunião do Comité Olímpico Internacional sete anos antes da prova.
Lista de cidades que acolheram os Jogos Olímpicos
Entre 1896 e 2004, os Jogos realizaram-se por 15 vezes na Europa, 5 vezes na América do Norte ou Central, 2 vezes na Ásia e 2 na Oceania. Desde 1986, têm sido raras as candidaturas originárias da América do Sul e de África: apenas Brasília como candidata aos Jogos de 2000, Buenos Aires e a Cidade do Cabo como candidatas aos Jogos de 2004 e o Rio de Janeiro candidata aos Jogos de 2012.
A bandeira olímpica - toda branca, com os cinco anéis entrelaçados - foi idealizada pelo Barão de Coubertin, em 1913. A primeira bandeira, de 3mX2m, foi costurada na loja Bon Marché, em Paris. Ela fez sua aparição oficial no ano seguinte. Mas só seria hasteada num estádio na Olímpiada de 1920.
Os anéis representam os continentes (azul, Europa; amarelo, Ásia; preto, África; verde, Oceania; e vermelho, America). Com as cinco cores podem ser compostas todas as bandeiras do mundo. Ao criar o símbolo dos jogos, as cidades devem usar os anéis misturados a outros elementos.
A bandeira traz também o lema olímpico "Citius, Altius,Fortius" (Mais rápido, mais alto, mais forte), idealizado por um monge francês chamado Didon , amigo do Barão de Coubertin, em 1890.
O juramento
Os gregos faziam uma oração no templo de Zeus para que as competições fossem justas. Atualmente, os atletas prometem, no juramento, honra, boa vontade e esportividade. Com o objetivo de diminuir sentimentos nacionalistas, em 1920 a expressão "honrar nosso país" foi trocada por "honrar nossa equipe".
Modalidades olímpicas
Existem centenas de esportes, e nem todos podem ser considerados como modalidades olímpicas, pelo que se encontrou um termo que pemite selecionar os que terão lugar nos Jogos Olímpicos. Atualmente, para um esporte ser considerado Olímpico tem que ser praticado por homens em pelo menos 75 países e em quatro continentes, e por mulheres em pelo menos 40 países e em três continentes.
Nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 são consideradas 29 modalidades olímpicas: Andebol, Atletismo, Badminton, Basebol, Basquetebol, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Equitação, Esgrima, Futebol, Ginástica, Halterofilismo, Hóquei em campo, Judo, Lutas Amadoras, Natação, Pentatlo Moderno, Pólo aquático, Remo, Softbol, Tiro, Tiro com Arco, Taekwondo, Ténis, Ténis de Mesa, Triatlo, Vela e Voleibol.
Por sua vez, muitos dos esportes olímpicos subdividem-se em duas ou mais disciplinas, existindo ainda competicões separadas para homens e mulheres.
A primeira participação brasileira em Olimpíadas
Em 1920, o Brasil participaria de sua primeira Olimpíada, em Antuérpia (Bélgica). Os 22 atletas brasileiros - apenas homens - chegaram à Europa e conquistaram três medalhas: uma de ouro, uma de prata e uma de bronze. A modalidade que trouxe essas medalhas para o Brasil foi o tiro ao alvo.
Os sete atiradores tiveram grandes dificuldades para chegar à s provas. Para começar, os atiradores embarcaram no navio a vapor Curvello com o restante da delegação brasileira, mas tiveram que descer em Portugal quando souberam que a embarcação não chegaria a tempo para a prova de tiro.
Eles então pegaram um trem de Lisboa a Paris, sendo que boa parte da viagem foi num vagão descoberto, com os atletas pegando chuva e sol. Na capital francesa, trocaram de composição, seguindo para a Bélgica. Porém, em Bruxelas, onde esperavam a conexão para Antuérpia, parte das armas e da munição foi roubada.
Nesse momento, os sete atiradores possuíam 200 balas calibre 38, embora precisassem de pelo menos 75 para cada um. Por sorte, fizeram amizade com os atletas americanos Alfred Lane e Raymond Bracken, que deram 2 mil cartuchos e 50 alvos para os brasileiros.
O Brasil já começou a participar na prova de pistola livre, com Fernando Soledade. Como sua arma era muito ruim, o chefe da equipe americana de tiro, coronel Snyders, ficou sensibilizado e cedeu duas armas fabricadas pela Colt especialmente para a competição.
Os atiradores Sebastião Wolf, Daio Barbosa, Guilherme Paraense e Afrânio Costa fizeram um “rodízio” com as armas e conquistaram a medalha de bronze por equipes. Afrânio também conseguiu a medalha de prata individual.
O ouro chegou no dia seguinte, na prova de revólver (hoje chamada de tiro rápido). Guilherme Paraense, primeiro-tenente do Exército, acertou 274 pontos em 300, ficando dois pontos à frente do americano Bracken (exatamente o mesmo que emprestou os cartuchos e alvos).
Paraense, com 36 anos, foi o primeiro medalhista de ouro do Brasil.
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Os primeiros Jogos realizavam-se na Grécia Antiga, há mais de 2700 anos, como uma importante celebração e tributo aos deuses; mas com a emergência do cristianismo no Império Romano e suas ideologias, os cultos pagãos e tudo a eles inerentes, começaram a ser exterminados e entre 393 e 394 o imperador Teodósio I acaba com os jogos que tinham origem Grega.
Porém, em 1896, um aristocrata francês, Barão de Coubertin, recuperou os Jogos tentando reavivar o espírito das primeiras olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas pelas duas Grandes Guerras Mundiais.
Inicialmente, os Jogos eram disputados apenas por atletas amadores. Entretanto, no fim do século XX, a competição foi aberta a atletas profissionais.
Dada a importância e a visibilidade dos Jogos para o mundo, estes têm também, nos últimos anos, sido usados como espaço para confrontos políticos e reivindicações, de que são os piores exemplos o massacre de Munique em 1972, em que membros da comitiva israelense foram feitos reféns por extremistas palestinos (ou palestinianos) e os boicotes durante a Guerra Fria, aos Jogos de 1980 e 1984, pelo bloco de países soviéticos e pelos Estados Unidos, respectivamente, e também o atentado à bomba ocorrido em Atlanta em 1996.
No entanto, num exemplo de aproximação e reconciliação entre os povos, de que os Jogos pretendem ser símbolo, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, participaram nos Jogos de Sydney em 2000 e de Atenas em 2004, sob uma única bandeira.
Origem e ritualística
A origem dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga é frequentemente associada à celebração do esporte e do culto à beleza estética humana, como se estes fossem seus objetivos principais. Fala-se pouco, porém, na intenção mística e fúnebre de saudar os mortos de cada cidade. No canto IX da Ilíada, Homero relata detalhadamente as competições fúnebres que precederam a inumação de Pátroclo, escudeiro de Aquiles.
Num período de quatro em quatro anos, cada cidade-estado da Grécia dedicava um dia do ano (a primeira lua cheia do verão do hemisfério Norte) para reverenciar os falecidos nesse quadriênio, e reuniam num campo os pertences dos mortos e abandonavam momentaneamente a cidade, para deixar que os espíritos passeassem entre suas lembranças de vida terrena. Isso após as sacerdotizas acenderem uma chama que os rapazes levavam até o templo do deus-patrono da cidade. Em Corinto, um dos principais portos gregos, situado no istmo que liga a península do Peloponeso ao continente, esses jogos eram chamados de Jogos Ístmicos. Em Delfos, onde havia o famoso Oráculo de Apolo, eram Jogos Píticos. Em Argos eram Jogos Nemeus. Este conjunto de jogos, juntamente com os Jogos Olímpicos que se realizavam em Olímpia, perto de Elis, ficaram conhecidos como jogos pan-helénicos
Na cidade de Olímpia (que, diferentemente do que afirma o senso comum, não fica aos pés do Monte Olimpo) havia um templo de dimensões magníficas, dedicado a Zeus. Como todo deus da Antigüidade Clássica possuía variações, de acordo com o mito, a cultura e as particularidades que cada cidade-estado lhe atribuía, este Zeus era o chamado Zeus Olímpico, e junto a seu templo se realizavam os jogos esportivos idênticos aos das outras cidades. Porém era em Olímpia que os jogos atingiam sua plenitude, em organização e número de participantes, e onde desenvolveram-se como competições regulares e de extrema importância para todos os helênicos – e eram chamados Jogos Olímpicos.
Com regulamentos a princípio simples e mais tarde bem complexos e rígidos, os Jogos Olímpicos se realizaram com praticamente nenhuma interrupção, do século VIII a.C. ao V d.C. (mais de mil anos, portanto), mas com diversas modificações. Tanto que, ao serem proibidos por édito do Imperador Teodósio II, já tinham se desvirtuado em longas orgias e bacanais de pouca conotação esportiva.
Ainda assim, a festa começara como celebração dos mortos, e já atraía gigantescas procissões de gregos de várias cidades-estado. Era algo inevitável, pois, que surgissem algumas rixas ou contendas entre os peregrinos. Para distrair esses brigões e proteger a paz das celebrações religiosas, a “organização do evento” passou a promover competições esportivas simultâneas ao culto.
O registo mais antigo dos Jogos Olímpicos que chegou aos nossos dias data de 776 a.C.. Trata-se de uma inscrição num disco de pedra, encontrada nas ruinas do templo de Hera em Olímpia, que refere o acordo de tréguas e manutenção de paz durante a realização dos Jogos Olímpicos, selado entre os reis Ifitos de Ilía, Licurgo de Esparta e Clístenes de Pisa. Com o tempo, outros reinos se foram juntando a este acordo, e a partir daí os Jogos Olímpicos tornaram-se competições de paz, primeiro entre os homens, depois nações.
No entanto, as nações que havia em 1896, quando as Olimpíadas retornaram, eram diferentes demais daquelas da Antigüidade. Eram países imensos, não mais cidades, e tinham complicadas formas de escolher seus líderes, no lugar dos governos simplificados dos gregos. E possuíam identidades nacionais tão diversas quanto os gregos antigos jamais conheceriam.
A institucionalização do esporte
O desporto institucionalizado em clubes, ligas e federações é algo que surge somente na Europa na segunda metade do século XIX – muito recente, portanto. Isso já seria uma explicação suficiente para a demora no retorno dessa tradição, porém o fato mais importante reside no interesse suscitado pelo Classicismo por essa época (final do Romantismo europeu), o que fez com que inúmeras escavações fossem realizadas no território da antigos domínios da Grécia – inclusive Olímpia.
O Templo de Zeus e o Estádio na antiga cidade, que haviam sido soterrados, foram descobertos e, seguindo essa novidade, um jovem herdeiro parisiense de uma rede de hotéis, entusiasta do esporte em várias modalidades, resolveu pesquisar a fundo, em bibliotecas e acervos de todo o continente, os antigos regulamentos olímpicos e suas tradições. Seu nome: Pierre de Fredi. Seu título nobiliárquico: Barão de Coubertin.
O retorno dos Jogos Olímpicos
Retornar com os Jogos Olímpicos seria uma forma de celebrar a paz entre as nações, pensa o Barão Pierre de Coubertin, numa época em que seu país acabara de ser humilhado numa guerra-relâmpago com a Alemanha. Assim, ele lança sucessivos apelos, tanto aos governos quanto à s entidades esportivas dos países mais poderosos da Europa, para que voltem a realizar essas competições, à semelhança daqueles da Antigüidade. Em 1892, num congresso na Sorbonne, o Barão consegue que alguns países se comprometam a enviar atletas para a primeira competição olímpica da Era Moderna, cujo local ainda seria decidido.
Em 1894 é criado o Comité Olímpico Internacional (COI), entidade não-governamental que seria inicialmente presidida por Demetrius Vikelas e mais tarde pelo próprio Pierre de Coubertin . Inicialmente Coubertin desejava que os primeiros Jogos Olímpicos se realizassem em 1900 em Paris, mas ficou decidido que se realizariam antes em Atenas em 1896, o que inicialmente provocou alguns problemas, devido à dificuldade em obter apoio financeiro por parte do governo grego. Com o empenho do COI foi possível obter o apoio da Família Real da Grécia, principalmente do Príncipe Constantino, para que os primeiro jogos em Atenas se tornassem realidade (o sistema de rotatividade entre cidades do mundo só foi definido anos depois). Assim, em Abril de 1896, começam na capital grega os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, realizados regularmente a cada quadriênio desde então.
Os Jogos Olímpicos na Era Moderna
Apesar de serem, em teoria, um evento para participação mundial, é inegável que as Olimpíadas possuam um caráter ainda centralizado no hemisfério norte, onde surgiram, e onde se localiza a maior parte dos tais “países desenvolvidos”. Não por acaso, as Olimpíadas são jogos de verão, mas o verão do norte, que vai de junho a setembro, quando os atletas têm calor suficiente para treinar e competir. Deixam de fora, assim, os chamados “esportes de inverno”, que necessitam de neve para sua realização, fundamentalmente. Para abrigar essas modalidades, o COI cria, em 1924, os Jogos Olímpicos de Inverno, disputados sempre no hemisfério Norte, anteriormente coincidindo com os quadriênios dos Jogos originais, e mais tarde (a partir de 1994) se alternando, com diferença de dois anos entre cada evento .
Prosseguindo seus projetos de abrir as modalidades olímpicas a todos os esportistas do mundo, o COI cria as Paraolimpíadas em 1952, dedicadas especificamente aos atletas com alguma deficiência física. Excetuando de 1968 a 1984, esses Jogos Paraolímpicos foram realizados nas mesmas cidades dos jogos convencionais.
Curiosamente, nos Jogos da Antigüidade, os países abandonavam todo o conflito político-militar quando chegasse a época dos esportes. O próprio caráter internacional da competição teve início quando três reis de cidades-estado gregas assinaram um tratado de paz em Olímpia, prometendo enviar para lá, a cada quatro anos, seus melhores atletas, obrigando-se a trégua caso estivessem em guerra. O século XX fez com que essa tradição fosse invertida: os Jogos é que se interromperam quando as guerras estouravam, e isso ocorreu três vezes até hoje (1916, 1940 e 1944). Essas duas guerras também viram morrer vários atletas, inclusive medalhistas, que acabaram se convertendo em soldados – continuavam disputando por suas bandeiras, mas a derrota nessa outra contenda é sempre inaceitável. A triste ironia faz parecer que os Jogos Olímpicos ainda precisam transcender o estatuto de instituição esportiva e passar a ser efetivamente uma força de união pacífica global – exatamente o desejo que o Barão de Coubertin deixou em seu testamento.
A escolha da cidade dos Jogos Olímpicos
A escolha da cidade dos Jogos realiza-se em reunião do Comité Olímpico Internacional sete anos antes da prova.
Lista de cidades que acolheram os Jogos Olímpicos
Entre 1896 e 2004, os Jogos realizaram-se por 15 vezes na Europa, 5 vezes na América do Norte ou Central, 2 vezes na Ásia e 2 na Oceania. Desde 1986, têm sido raras as candidaturas originárias da América do Sul e de África: apenas Brasília como candidata aos Jogos de 2000, Buenos Aires e a Cidade do Cabo como candidatas aos Jogos de 2004 e o Rio de Janeiro candidata aos Jogos de 2012.
A bandeira olímpica - toda branca, com os cinco anéis entrelaçados - foi idealizada pelo Barão de Coubertin, em 1913. A primeira bandeira, de 3mX2m, foi costurada na loja Bon Marché, em Paris. Ela fez sua aparição oficial no ano seguinte. Mas só seria hasteada num estádio na Olímpiada de 1920.
Os anéis representam os continentes (azul, Europa; amarelo, Ásia; preto, África; verde, Oceania; e vermelho, America). Com as cinco cores podem ser compostas todas as bandeiras do mundo. Ao criar o símbolo dos jogos, as cidades devem usar os anéis misturados a outros elementos.
A bandeira traz também o lema olímpico "Citius, Altius,Fortius" (Mais rápido, mais alto, mais forte), idealizado por um monge francês chamado Didon , amigo do Barão de Coubertin, em 1890.
O juramento
Os gregos faziam uma oração no templo de Zeus para que as competições fossem justas. Atualmente, os atletas prometem, no juramento, honra, boa vontade e esportividade. Com o objetivo de diminuir sentimentos nacionalistas, em 1920 a expressão "honrar nosso país" foi trocada por "honrar nossa equipe".
Modalidades olímpicas
Existem centenas de esportes, e nem todos podem ser considerados como modalidades olímpicas, pelo que se encontrou um termo que pemite selecionar os que terão lugar nos Jogos Olímpicos. Atualmente, para um esporte ser considerado Olímpico tem que ser praticado por homens em pelo menos 75 países e em quatro continentes, e por mulheres em pelo menos 40 países e em três continentes.
Nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 são consideradas 29 modalidades olímpicas: Andebol, Atletismo, Badminton, Basebol, Basquetebol, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Equitação, Esgrima, Futebol, Ginástica, Halterofilismo, Hóquei em campo, Judo, Lutas Amadoras, Natação, Pentatlo Moderno, Pólo aquático, Remo, Softbol, Tiro, Tiro com Arco, Taekwondo, Ténis, Ténis de Mesa, Triatlo, Vela e Voleibol.
Por sua vez, muitos dos esportes olímpicos subdividem-se em duas ou mais disciplinas, existindo ainda competicões separadas para homens e mulheres.
A primeira participação brasileira em Olimpíadas
Em 1920, o Brasil participaria de sua primeira Olimpíada, em Antuérpia (Bélgica). Os 22 atletas brasileiros - apenas homens - chegaram à Europa e conquistaram três medalhas: uma de ouro, uma de prata e uma de bronze. A modalidade que trouxe essas medalhas para o Brasil foi o tiro ao alvo.
Os sete atiradores tiveram grandes dificuldades para chegar à s provas. Para começar, os atiradores embarcaram no navio a vapor Curvello com o restante da delegação brasileira, mas tiveram que descer em Portugal quando souberam que a embarcação não chegaria a tempo para a prova de tiro.
Eles então pegaram um trem de Lisboa a Paris, sendo que boa parte da viagem foi num vagão descoberto, com os atletas pegando chuva e sol. Na capital francesa, trocaram de composição, seguindo para a Bélgica. Porém, em Bruxelas, onde esperavam a conexão para Antuérpia, parte das armas e da munição foi roubada.
Nesse momento, os sete atiradores possuíam 200 balas calibre 38, embora precisassem de pelo menos 75 para cada um. Por sorte, fizeram amizade com os atletas americanos Alfred Lane e Raymond Bracken, que deram 2 mil cartuchos e 50 alvos para os brasileiros.
O Brasil já começou a participar na prova de pistola livre, com Fernando Soledade. Como sua arma era muito ruim, o chefe da equipe americana de tiro, coronel Snyders, ficou sensibilizado e cedeu duas armas fabricadas pela Colt especialmente para a competição.
Os atiradores Sebastião Wolf, Daio Barbosa, Guilherme Paraense e Afrânio Costa fizeram um “rodízio” com as armas e conquistaram a medalha de bronze por equipes. Afrânio também conseguiu a medalha de prata individual.
O ouro chegou no dia seguinte, na prova de revólver (hoje chamada de tiro rápido). Guilherme Paraense, primeiro-tenente do Exército, acertou 274 pontos em 300, ficando dois pontos à frente do americano Bracken (exatamente o mesmo que emprestou os cartuchos e alvos).
Paraense, com 36 anos, foi o primeiro medalhista de ouro do Brasil.
País | Ouro | Prata | Bronze | Total | |||
1 | Estados Unidos | 1016 | 825 | 708 | 2549 | ||
2 | União Soviética | 473 | 376 | 355 | 1204 | ||
3 | Alemanha | 268 | 295 | 292 | 855 | ||
4 | Itália | 227 | 189 | 211 | 627 | ||
5 | França | 218 | 239 | 273 | 730 | ||
6 | Grã-Bretanha | 216 | 258 | 262 | 736 | ||
7 | Alemanha Oriental | 192 | 165 | 162 | 519 | ||
8 | Suécia | 190 | 190 | 221 | 601 | ||
9 | China | 172 | 135 | 123 | 430 | ||
10 | Noruega | 161 | 154 | 133 | 448 | ||
11 | Hungria | 159 | 144 | 163 | 466 | ||
12 | Rússia | 145 | 130 | 139 | 414 | ||
13 | Finlândia | 142 | 142 | 171 | 455 | ||
14 | Austrália | 136 | 138 | 167 | 441 | ||
15 | Japão | 132 | 125 | 141 | 398 | ||
16 | Canadá | 110 | 139 | 156 | 405 | ||
17 | Holanda | 100 | 110 | 122 | 332 | ||
18 | Coréia do Sul | 91 | 88 | 81 | 260 | ||
19 | Suíça | 89 | 107 | 111 | 307 | ||
20 | Romênia | 86 | 89 | 117 | 292 | ||
21 | Áustria | 73 | 103 | 111 | 287 | ||
22 | Alemanha Ocidental | 69 | 82 | 94 | 245 | ||
23 | Cuba | 67 | 64 | 63 | 194 | ||
24 | Polônia | 64 | 86 | 125 | 275 | ||
25 | Equipe Unificada | 54 | 44 | 37 | 135 | ||
26 | Bulgária | 52 | 86 | 80 | 218 | ||
27 | Tchecoslováquia | 51 | 57 | 60 | 168 | ||
28 | Dinamarca | 41 | 64 | 66 | 171 | ||
29 | Bélgica | 38 | 52 | 54 | 144 | ||
30 | Turquia | 37 | 23 | 22 | 82 | ||
31 | Nova Zelândia | 36 | 16 | 35 | 87 | ||
32 | Espanha | 35 | 49 | 31 | 115 | ||
33 | Grécia | 30 | 42 | 36 | 108 | ||
34 | Ucrânia | 29 | 23 | 49 | 101 | ||
35 | Iugoslávia | 26 | 32 | 29 | 87 | ||
36 | Quênia | 22 | 29 | 24 | 75 | ||
37 | Brasil | 20 | 25 | 46 | 91 | ||
38 | África do Sul | 20 | 24 | 26 | 70 | ||
39 | Etiópia | 18 | 6 | 14 | 38 | ||
40 | Argentina | 17 | 23 | 26 | 66 | ||
41 | República Tcheca | 15 | 17 | 17 | 49 | ||
42 | Jamaica | 13 | 24 | 16 | 53 | ||
43 | Estônia | 13 | 10 | 15 | 38 | ||
44 | México | 12 | 18 | 25 | 55 | ||
45 | Belarus | 11 | 23 | 39 | 73 | ||
46 | Irã | 11 | 15 | 22 | 48 | ||
47 | Cazaquistão | 10 | 19 | 16 | 45 | ||
48 | Coréia do Norte | 10 | 13 | 20 | 43 | ||
49 | Índia | 9 | 4 | 7 | 20 | ||
50 | Eslováquia | 8 | 10 | 6 | 24 | ||
51 | Irlanda | 8 | 7 | 8 | 23 | ||
52 | Equipe Mista | 8 | 5 | 4 | 17 | ||
53 | Croácia | 7 | 11 | 9 | 27 | ||
54 | Egito | 7 | 7 | 10 | 24 | ||
55 | Tailândia | 7 | 4 | 10 | 21 | ||
56 | Indonésia | 6 | 9 | 10 | 25 | ||
57 | Marrocos | 6 | 5 | 10 | 21 | ||
58 | Uzbequistão | 5 | 5 | 8 | 18 | ||
59 | Geórgia | 5 | 2 | 11 | 18 | ||
60 | Portugal | 4 | 7 | 11 | 22 | ||
61 | Lituânia | 4 | 4 | 8 | 16 | ||
62 | Azerbaijão | 4 | 3 | 9 | 16 | ||
63 | Argélia | 4 | 2 | 8 | 14 | ||
64 | Eslovênia | 3 | 7 | 12 | 22 | ||
65 | Australásia | 3 | 4 | 5 | 12 | ||
66 | Zimbábue | 3 | 4 | 1 | 8 | ||
67 | Bahamas | 3 | 3 | 4 | 10 | ||
Paquistão | 3 | 3 | 4 | 10 | |||
69 | Camarões | 3 | 1 | 1 | 5 | ||
70 | Letônia | 2 | 13 | 5 | 20 | ||
71 | Nigéria | 2 | 9 | 12 | 23 | ||
72 | Mongólia | 2 | 7 | 10 | 19 | ||
73 | Chile | 2 | 7 | 4 | 13 | ||
74 | Taiwan | 2 | 6 | 11 | 19 | ||
75 | Sérvia e Montenegro | 2 | 4 | 3 | 9 | ||
76 | Uruguai | 2 | 2 | 6 | 10 | ||
77 | Liechtenstein | 2 | 2 | 5 | 9 | ||
78 | Tunísia | 2 | 2 | 3 | 7 | ||
79 | República Dominicana | 2 | 1 | 1 | 4 | ||
80 | Trinidad e Tobago | 1 | 5 | 8 | 14 | ||
81 | Colômbia | 1 | 3 | 7 | 11 | ||
82 | Uganda | 1 | 3 | 2 | 6 | ||
83 | Luxemburgo | 1 | 3 | 0 | 4 | ||
Peru | 1 | 3 | 0 | 4 | |||
85 | Venezuela | 1 | 2 | 8 | 11 | ||
86 | Armênia | 1 | 1 | 7 | 9 | ||
87 | Israel | 1 | 1 | 5 | 7 | ||
88 | Costa Rica | 1 | 1 | 2 | 4 | ||
89 | Síria | 1 | 1 | 1 | 3 | ||
90 | Equador | 1 | 1 | 0 | 2 | ||
Hong-Kong | 1 | 1 | 0 | 2 | |||
92 | Panamá | 1 | 0 | 2 | 3 | ||
93 | Moçambique | 1 | 0 | 1 | 2 | ||
Suriname | 1 | 0 | 1 | 2 | |||
95 | Bahrain | 1 | 0 | 0 | 1 | ||
Burundi | 1 | 0 | 0 | 1 | |||
Emirados Árabes Unidos | 1 | 0 | 0 | 1 | |||
98 | Namíbia | 0 | 4 | 0 | 4 | ||
99 | Filipinas | 0 | 2 | 7 | 9 | ||
100 | Moldávia | 0 | 2 | 3 | 5 | ||
101 | Islândia | 0 | 2 | 2 | 4 | ||
Líbano | 0 | 2 | 2 | 4 | |||
Malásia | 0 | 2 | 2 | 4 | |||
104 | Cingapura | 0 | 2 | 0 | 2 | ||
Tanzânia | 0 | 2 | 0 | 2 | |||
Vietnã | 0 | 2 | 0 | 2 | |||
107 | Porto Rico | 0 | 1 | 5 | 6 | ||
108 | Boêmia | 0 | 1 | 3 | 4 | ||
Gana | 0 | 1 | 3 | 4 | |||
110 | Participantes Independentes | 0 | 1 | 2 | 3 | ||
Quirguistão | 0 | 1 | 2 | 3 | |||
Sérvia | 0 | 1 | 2 | 3 | |||
113 | Arábia Saudita | 0 | 1 | 1 | 2 | ||
Haiti | 0 | 1 | 1 | 2 | |||
Sri Lanka | 0 | 1 | 1 | 2 | |||
Tadjiquistão | 0 | 1 | 1 | 2 | |||
Zâmbia | 0 | 1 | 1 | 2 | |||
118 | Antilhas Holandesas | 0 | 1 | 0 | 1 | ||
Costa do Marfim | 0 | 1 | 0 | 1 | |||
Ilhas Virgens | 0 | 1 | 0 | 1 | |||
Paraguai | 0 | 1 | 0 | 1 | |||
Senegal | 0 | 1 | 0 | 1 | |||
Sudão | 0 | 1 | 0 | 1 | |||
Tonga | 0 | 1 | 0 | 1 | |||
125 | Antilhas Britânicas | 0 | 0 | 2 | 2 | ||
Qatar | 0 | 0 | 2 | 2 | |||
127 | Afeganistão | 0 | 0 | 1 | 1 | ||
Barbados | 0 | 0 | 1 | 1 | |||
Bermudas | 0 | 0 | 1 | 1 | |||
Djibuti | 0 | 0 | 1 | 1 | |||
Eritréia | 0 | 0 | 1 | 1 | |||
Guiana | 0 | 0 | 1 | 1 | |||
Ilhas Maurício | 0 | 0 | 1 | 1 | |||
Iraque | 0 | 0 | 1 | 1 | |||
Kuwait | 0 | 0 | 1 | 1 | |||
Macedônia | 0 | 0 | 1 | 1 | |||
Níger | 0 | 0 | 1 | 1 | |||
Togo | 0 | 0 | 1 | 1 |
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